Brasil, 22 de julho de 2025
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Startup promete transformar mercúrio em ouro com fusão nuclear

A Marathon Fusion, startup de São Francisco, afirma que a fusão nuclear poderia produzir ouro a partir de mercúrio, usando reações de transmutação

A startup americana Marathon Fusion, sediada em São Francisco, revelou que está estudando o uso da fusão nuclear para transformar mercúrio em ouro. A afirmação foi feita em reportagem do Financial Times, que destaca os avanços na área de energia limpa.

Fusão nuclear e a alquimia moderna

De acordo com o artigo científico publicado pela companhia na semana passada, reações de fusão que liberam nêutrons podem facilitar a transmutação de mercúrio-198 em ouro-197. A ideia remete à antiga alquimia, que buscava transformar metais comuns em ouro, mas agora com bases científicas modernas.

Processo inovador e possíveis aplicações

Fundada em 2023, a Marathon busca resolver desafios técnicos na construção de usinas de fusão nuclear. Segundo os fundadores, futuros reatores que adotarem essa abordagem poderiam produzir cerca de 5 mil quilos de ouro por gigawatt de energia gerada anualmente, sem diminuir a capacidade de produção de energia.

O valor do ouro potencialmente produzido seria equivalente ao valor da eletricidade, o que poderia dobrar a receita das usinas de fusão, destacam os criadores do projeto. Entretanto, a produção de ouro por meio de transmutação pode gerar isótopos radioativos, exigindo armazenamento por longos períodos, estima-se entre 14 a 18 anos, para que o metal seja considerado seguro.

Avanços na tecnologia de fusão e os desafios

Recentemente, cientistas conseguiram manter processos de fusão por tempos recordes, atingindo temperaturas de 200 milhões de graus Celsius no Japão, conforme informações de fontes especializadas. Apesar de o estudo da Marathon ainda não ter sido revisado por especialistas do setor, o físico Dr. Ahmed Diallo, do laboratório nacional do Departamento de Energia dos EUA, considerou a ideia teoricamente válida.

Históricos experimentos de aceleradores de partículas, como no CERN, já observaram a transmutação de átomos de chumbo em ouro, mas em quantidade extremamente baixa e com custos elevados.

Impactos e próximos passos

Com investimentos de cerca de US$ 5,9 milhões, além de subsídios do governo dos EUA, a Marathon busca aperfeiçoar a tecnologia para viabilizar a transformação de mercúrio em ouro de forma segura e eficiente. Os fundadores acreditam que soluções futuras podem ampliar a produção de ouro a partir da fusão, contribuindo para uma nova economia baseada em energia limpa e inovação tecnológica.

A empresa planeja divulgar detalhes técnicos adicionais em breve, enquanto a comunidade científica acompanha com cautela a proposta, que ainda está em estágio inicial de desenvolvimento.

Para mais informações, acesse a reportagem completa no O Globo.

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