Brasil, 22 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Sindicom rebate fala de Lula sobre fiscalização de preços dos combustíveis

Sindicom responde às declarações de Lula, defendendo o setor de distribuição de combustíveis e reforçando sua importância na cadeia

O Sindicom, entidade que representa as distribuidoras de combustíveis e lubrificantes de todo o Brasil, manifestou nesta terça-feira sua preocupação com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu fiscalização mais rigorosa sobre os preços da gasolina e do diesel nos postos — incluindo a atuação da Polícia Federal.

Posicionamento do Sindicom sobre as declarações presidenciais

Sem citar explicitamente o presidente Lula, o sindicato anunciou que divulgará uma nota oficial nesta terça, na qual irá “manifestar preocupação com declarações recentes e narrativas que visam descredibilizar o setor de combustíveis do país, especialmente o segmento de distribuição, responsável por 9% do PIB industrial brasileiro”.

De acordo com o órgão, “tentar responsabilizar os distribuidores pelo preço dos combustíveis revela uma interpretação equivocada da cadeia de distribuição, desconsiderando sua relevância, as dimensões operacionais de sua atuação e a arrecadação tributária que promove”.

Fatores que influenciam o preço dos combustíveis

Na nota, o Sindicom destaca ainda que “outros fatores de mercado, como os custos do produto, da logística e a tributação federal e estadual, impactam diretamente o preço final ao consumidor”, não apenas a atuação dos distribuidores.

O sindicato argumenta que a Petrobras responde por aproximadamente 33% da composição do preço da gasolina, enquanto os tributos federais e estaduais representam cerca de 35%. “Essa configuração evidencia o papel de diversos fatores na formação do preço e reforça a complexidade do mercado”, afirma a nota.

Desafios enfrentados pelo setor de combustíveis

O documento reforça ainda que, além dos desafios diários para garantir o abastecimento no país, o setor enfrenta dificuldades relacionadas ao crescimento do mercado irregular, ao inadimplemento de tributos por alguns agentes e ao enfraquecimento das agências reguladoras — fatores que, segundo o sindicato, poderiam comprometer a segurança dos consumidores e o bem-estar da sociedade.

Reação ao discurso de Lula

No início do mês, em evento na cidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Lula afirmou que “é preciso fiscalizar para saber se os preços são justos ou se tem alguém, mais uma vez, tentando enganar o povo brasileiro”, conforme reportagem do G1. Ele também destacou a necessidade de órgãos fiscalizadores garantirem que postos de combustíveis não vendam gasolina ou óleo diesel a preços superiores ao que determina a legislação.

Para o presidente, a fiscalização deve ser rigorosa para evitar práticas abusivas. “É preciso que esses órgãos, que têm a função de fiscalizar, não permitam que nenhum posto de gasolina neste país venda gasolina mais cara do que aquilo que é o preço que tem que vender — e muito menos o óleo diesel”, afirmou Lula.

Perspectivas e impactos do debate

A reação do Sindicom demonstra a preocupação do setor com possíveis ações de fiscalização que, na visão da entidade, poderiam ser mal direcionadas ou simplistas, ignorando a complexidade da cadeia de formação de preços.

Especialistas afirmam que o diálogo deve buscar um entendimento entre governo e setor privado, considerando fatores estruturais que influenciam os valores praticados nos postos de combustíveis.

A discussão sobre o preço da gasolina e do diesel deve continuar nos próximos meses, à medida que o governo avança na definição de políticas de fiscalização e controle do mercado.

Mais informações podem ser acessadas na reportagem do O Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes