Brasil, 22 de julho de 2025
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Sarina Wiegman busca a terceira final consecutiva na Euro

Sarina Wiegman, renomada treinadora da seleção inglesa, enfrenta novos desafios em busca da terceira final consecutiva na Euro feminina.

Em 2015, Sarina Wiegman, ex-jogadora da seleção holandesa, se tornava a terceira mulher a tirar a licença de treinadora da KNVB (Federação de Futebol da Holanda). Dez anos depois, ela foi eleita pela FIFA como melhor treinadora do ano quatro vezes e se aproxima da quinta final consecutiva de Copas — venceu a Euro em 2017 pela Holanda e 2022 pela Inglaterra, e ficou com o vice nas edições de 2019 e 2023 do Mundial. Para garantir a vaga, precisa levar as Leoas inglesas à vitória contra a surpresa do torneio, Itália, às 16h no Estádio de Genebra.

Desafios enfrentados na campanha atual

Nesta edição, no entanto, o caminho até a final conta com alguns tropeços. Antes do campeonato, Sarina precisou lidar com três desfalques: a goleira Mary Earps, a zagueira Fran Kirby e a meia Millie Bright anunciaram a aposentadoria da seleção da Inglaterra, pouco mais de um mês antes do início da competição. Mesmo sem figuras centrais da campanha de 2022, ela pôde contar com veteranas como Alessia Russo, Georgia Stanway, Lucy Bronze e Beth Mead, além de apostar nas novas estrelas, como Lauren James, Michelle Agyemang e Agnes Bevver-Jones.

O torneio começou com um resultado inesperado: uma derrota de 2 a 1 para a França, em um jogo onde a Inglaterra dominou grande parte da partida, mas não conseguiu converter suas oportunidades. Nas duas partidas seguintes, contra seleções menos competitivas, as Leoas não tiveram dificuldades e aplicaram goleadas sucessivas: 6 a 1 no País de Gales e 4 a 0 na Holanda, antiga equipe de Sarina.

Superação nas quartas de final

O verdadeiro teste de resistência aconteceu nas quartas de final contra a Suécia. A atacante Blackstenius teve um desempenho destacado, servindo Asllani para o primeiro gol logo aos dois minutos de jogo e aumentando a vantagem aos 25. A necessidade de um retorno fez Sarina aguardar até a metade do segundo tempo para realizar substituições. Quando finalmente o fez, foi um toque de mestre: a entrada de Agyemang no lugar de Toone revitalizou o lado direito, permitindo mais liberdade a Lucy Bronze.

Em um curto espaço de dois minutos, Bronze, de cabeça, e Agyemang, aproveitando uma sobra, igualaram a partida. A Inglaterra conseguiu levar o jogo para a prorrogação, mas a tensão continuou. As cobranças de pênaltis refletiram o cansaço das atletas — as jogadoras da Suécia erraram três cobranças — e a resiliência das inglesas prevaleceu, garantindo a classificação na negociação da pressão.

Desafio contra a Itália

A missão agora contra a Itália parece, no papel, mais simples. A seleção italiana, que vive um momento de renascimento no futebol feminino, ocupa apenas o 13º lugar no ranking da FIFA, mas já foi vice-campeã da Euro duas vezes, em 1993 e 1997. Sarina, no entanto, já teve experiência ao lado do azarão, quando assumiu a seleção holandesa em 2017. Naquele momento, a equipe vinha de uma frustração ao não garantir a vaga para as Olimpíadas do Rio-2016.

Em apenas seis meses de trabalho, ela conseguiu restabelecer a confiança das jogadoras, levando a Holanda a uma campanha perfeita, culminando em uma impressionante vitória de 4 a 2 sobre a Dinamarca na final. Dois anos depois, a equipe atingiu a final da Copa do Mundo na França, deixando grandes seleções como Japão, Itália e Suécia no caminho, mas não resistiu ao reino dos Estados Unidos.

Depois de cinco anos liderando a Holanda, Sarina chegou à seleção da Inglaterra e, novamente, fez história ao liderar uma campanha perfeita na Euro. A vitória em 2022, diante de mais de 89 mil torcedores em Wembley, solidificou seu legado, mas uma nova jornada se desenhou em 2023, onde as expectativas eram altas, mas o resultado foi outro vice-campeonato diante da Espanha.

Preparações para o confronto decisivo

Nesta terça-feira, o foco de Sarina será neutralizar a atacante Cristiana Girelli, vice-artilheira da Euro com três gols, sendo dois deles marcados na emocionante vitória da Itália sobre a Noruega, aos 45 minutos do segundo tempo, nas quartas de final. A equipe italiana também leva em sua bagagem uma derrota para a Espanha por 3 a 1 e empatou com Portugal, o que a torna uma adversária perigosa na semifinal.

Com uma história de superação e resiliência, Sarina Wiegman busca mais uma vez mostrar porque é uma das melhores treinadoras do mundo e levar a Inglaterra a mais uma final histórica na Euro. O jogo promete ser eletrizante, e as expectativas estão nas alturas não apenas para a equipe, mas para todos os amantes do futebol feminino.

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