Brasil, 22 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Procuradoria da Suíça acusa política por disparar contra imagem religiosa de Maria

Ex-líder do Partido Liberal Verde dispara 20 vezes contra retrato de Maria e Jesus, gerando acusações de incitamento à violência religiosa.

A Procuradoria da Suíça apresentou nesta quarta-feira (22) uma denúncia criminal contra Sanija Ameti, ex-líder do Partido Liberal Verde de Zurique, após ela postar imagens de si mesma disparando cerca de 20 tiros contra uma reprodução de uma pintura religiosa de Maria e Jesus.

Disparo deliberado contra imagem de Maria e Jesus

Segundo informações da 20 Minuten, Ameti usou uma pistola de ar para atirar contra uma obra de Tommaso del Mazza, intitulada “Madonna com o Menino e o Arcanjo Miguel”, localizada em um leilão online.

Ela teria disparado de uma distância aproximada de 10 metros, mirando especificamente as cabeças de Maria e Jesus, em um ato considerado por muitos como uma provocação religiosa e uma ofensa à fé cristã.

Reações e implicações legais

A denúncia aponta que Ameti, que se identifica como ateia de origem muçulmana, violou o Artigo 261 do Código Penal Suíço, que criminaliza atos públicos de insulto ou zombaria às convicções religiosas de terceiros, incluindo a profanação de objetos religiosos.

Após o episódio, ela publicou fotos da obra profanada no Instagram, com a legenda “abschalten”, termo alemão para “desligar”, interpretado por alguns como uma tentativa de simbolizar a eliminação de elementos religiosos.

O movimento cívico suíço Mass-Voll, que entrou com uma das denúncias iniciais, afirmou que o incidente configura “uma incitação clara à violência contra os cristãos”.

Reação da Igreja e posicionamento de Ameti

Na época, a Conferência Episcopal da Suíça condenou o ato como “inaceitável”, destacando que a ação demonstra “violência e desrespeito à dignidade humana” e causa “profundo sofrimento aos fiéis católicos”.

O bispo de Chur, Joseph Bonnemain, relatou que Ameti enviou uma carta de desculpas pessoalmente a ele e, em resposta, declarou publicamente seu perdão, enfatizando a importância do diálogo e do perdão cristão.

Consequências e desdobramentos

A acusada pode ser condenada a uma multa de 10 mil francos suíços (cerca de US$ 11.500) e a uma multa adicional de 2.500 francos suíços (aproximadamente US$ 2.900), além de custas processuais.

O episódio reacende debates sobre liberdade de expressão, respeito às crenças religiosas e limites do discurso público na Europa, especialmente em tempos de aumento da intolerância religiosa.

Sanija Ameti, que deixou a liderança do Partido Liberal Verde após o incidente e atualmente atua como membro independente na câmara municipal de Zurique, ainda não se manifestou oficialmente sobre a acusação em andamento.

Reação da comunidade e reflexões

Com a denúncia, diversos setores da sociedade suíça criticaram a atitude de Ameti, enquanto outras vozes destacaram a necessidade de proteger a liberdade artística, mesmo em temas sensíveis.

Ainda assim, a maioria dos líderes religiosos e organizações civis reforçam a ideia de que atos de vandalismo ou violência contra símbolos religiosos não podem ser tolerados e devem ser punidos exemplarmente para preservar o respeito mútuo na sociedade.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes