O polêmico plano de expansão de Wimbledon segue em frente após uma ação judicial contra a aprovação da proposta ser rejeitada por um juiz da Suprema Corte. A campanha “Salve o Parque Wimbledon” havia apresentado uma medida contestando a decisão da Autoridade da Grande Londres, que no ano passado concedeu permissão de planejamento para um projeto que quase triplicaria o tamanho do icônico local de Grand Slam em quadra de grama.
O que envolve o plano de expansão
As propostas de expansão incluem a construção de 38 novas quadras de tênis e um estádio com capacidade para oito mil pessoas no local do antigo Wimbledon Park Golf Club. Essa mudança permitiria que as eliminatórias do All England Club fossem realizadas neste novo espaço, substituindo o atual local em Roehampton, no sul de Londres, onde as partidas são realizadas atualmente.
Posição dos advogados e da Suprema Corte
Os advogados do grupo de campanha alegaram à Suprema Corte que a decisão de aprovar os planos era “irracional” e deveria ser revogada, uma vez que o Wimbledon Park está sujeito a restrições quanto ao seu uso. Essa contestaçã, segundo o grupo, é uma forma de proteger o parque, que já possui um status legal especial.
No entanto, os diretores de Wimbledon defenderam a decisão demonstrando que se tratava de um “julgamento de planejamento adequadamente exercido”. O tribunal foi informado de que as restrições existentes não são “substanciais” o suficiente para inviabilizar o projeto.
Na segunda-feira, o Juiz Saini rejeitou a contestação do grupo de campanha. Em sua decisão, ele afirmou que “a decisão do réu sobre a relevância da entregabilidade, aplicando-se tanto ao fundo fiduciário quanto às cláusulas restritivas, foi um julgamento de planejamento exercido racionalmente e levando em consideração fatores apropriados e relevantes”.
A aprovação do projeto e suas implicações
A permissão para o projeto foi inicialmente concedida por Jules Pipe, vice-prefeito de planejamento de Londres. Segundo ele, as novas propostas “facilitariam benefícios muito significativos” que “claramente superam os danos” ao parque e à comunidade local.
Após a decisão da Suprema Corte, o grupo “Salve o Parque Wimbledon” declarou que estava “aconselhado a” contestar a decisão judicial. De acordo com um comunicado emitido pelo grupo, eles não estão levando a questão de forma leviana. “Acreditamos que a GLA cometeu um erro jurídico significativo na forma como lidou com o status legal especial do parque”, afirmaram em nota.
Controvérsias e reações
A polêmica em torno da expansão de Wimbledon envolve não apenas a questão legal, mas também a preocupação com o impacto ambiental e social que o projeto pode ter na comunidade. Moradores locais e ativistas temem que a expansão possa prejudicar o ambiente do parque e reduzir os espaços verdes disponíveis para o público.
Enquanto isso, a última edição de Wimbledon foi concluída em 13 de julho, com Jannik Sinner conquistando o título masculino e Iga Swiatek levantando o troféu feminino, conforme uma demonstração do prestígio e da importância do torneio a nível mundial. Este torneio já é o centro das atenções no calendário do tênis e sua locação e infraestrutura influenciam diretamente a imagem e a experiência do público.
Próximos passos e expectativas
Com a decisão da Suprema Corte a favor da expansão, Wimbledon está agora mais próximo de implementar suas ambiciosas propostas. A expectativa é que as novas instalações tragam benefícios significativos, tanto para o torneio quanto para os fãs de tênis, ampliando o acesso e a experiência oferecida durante o evento anual.
À medida que o projeto avança, será crucial observar como o Wimbledon Park e a comunidade local se adaptarão a essas mudanças e quais ações o grupo “Salve o Parque Wimbledon” tomará em resposta a essa nova fase do planejamento.
