Brasil, 23 de julho de 2025
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Osteopata famoso é condenado por voyeurismo em Londres

Torben Stig Hersborg, um osteopata conhecido, foi preso por espionar milhares de mulheres por mais de uma década.

Torben Stig Hersborg, um osteopata que se gabava de atender campeões olímpicos, foi condenado por ser um dos voyeurs mais prolíficos de Londres. O dinamarquês de 64 anos admitiu ter espiado cerca de 2.000 mulheres ao longo de mais de dez anos, transformando sua prática em um pesadelo para muitas vítimas.

A condenação e os crimes

Hersborg foi sentenciado na terça-feira a três anos e cinco meses de prisão após se declarar culpado de oito acusações de filmar imagens íntimas e vídeos de mulheres sem seu conhecimento. Segundo o juiz do tribunal de Snaresbrook, o osteopata utilizava sua clínica, locais públicos e privados para capturar secretamente os crimes que cometeu.

Durante a investigação, os promotores revelaram que o volume de infrações cometidas por Hersborg sugeria que ele era “um dos voyeurs mais prolíficos da capital”. Com uma prática que almejava o prestígio e a confiança de celebridades como a tenista Caroline Wozniacki e o membro dos Rolling Stones, Ronnie Wood, Hersborg não hesitou em explorar a vulnerabilidade de suas pacientes.

Como as investigações começaram

As autoridades começaram a investigar o osteopata em dezembro do ano passado, quando um membro do público informou à polícia sobre um veículo suspeito estacionado em frente a uma acomodação universitária no norte de Londres. Ao inspecionar um Lexus escuro onde Hersborg estava, os policiais encontraram luvas pretas e a parte interna do carro forrada com sacolas plásticas.

Durante a busca, uma câmera de vídeo e um telescópio foram encontrados, apontados na direção dos apartamentos das estudantes. Além destes, um disco rígido e cartões de memória foram recuperados, contendo milhares de arquivos de vídeo e imagens de vítimas.

Os detalhes chocantes do caso

Investigações adicionais revelaram que o osteopata filmou mulheres sem o seu consentimento em sua prática privada, em praias, calçadas, pontos de ônibus e em suas próprias residências. Algumas das gravações mostravam as vítimas se despindo em seus quartos e banheiros, enquanto outras eram especialmente comprometedores, incluindo cenas de relações sexuais.

Os promotores afirmaram que, apesar de não terem conseguido identificar todas as mulheres nas gravações, a evidência digital foi suficiente para construir um caso sólido contra Hersborg. Na sentença, Alex Weichselbaum, da Procuradoria do Estado, declarou que Hersborg “operou à vista de todos por tempo demais” e que, ao atacar milhares de mulheres ao longo de 12 anos, seu comportamento torna-se ainda mais inaceitável e reprovável.

A reação das vítimas e da sociedade

A revelação dos crimes cometidos pelo osteopata deixou muitas pessoas indignadas. As vítimas, embora não identificadas, representam uma comunidade que confia em profissionais de saúde para receber cuidados. Isso levanta questionamentos sérios sobre a ética profissional e a proteção dos indivíduos em ambientes médicos.

Após a sentença, Hersborg, que desfrutou de uma imagem de confiança entre seus clientes, viu sua reputação despencar. “Ele abusou deliberadamente da confiança de seus pacientes ao filmá-las em posições íntimas e visou estrangeiras para sua própria satisfação sexual”, afirmou Weichselbaum. O caso não apenas pinta um retrato sombrio da exploração que pode ocorrer sob o disfarce de uma profissão respeitável, mas também destaca a necessidade urgente de mecanismos de proteção mais robustos para prevenir abusos desse tipo.

O caso de Torben Hersborg é um aviso sombrio sobre a vulnerabilidade de indivíduos em ambientes que deveriam ser seguros, enfatizando a importância de vigilância, responsabilidade e justiça em nossa sociedade.

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