Brasil, 22 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Nova missa pela proteção da criação é celebrada pelo Papa Leão XIV

A primeira missa pela proteção da criação acontece em meio a uma grave crise ecológica, seguindo a tradição de João Paulo II e Papa Francisco.

Em um momento que reflete a urgência do atual estado do planeta, o Papa Leão XIV lançou uma nova fórmula de orações para a Missa pela Proteção da Criação, celebrando a ligação entre a espiritualidade e a ecologia. A cerimônia ocorreu no dia 9 de julho nos Jardins de Castelgandolfo, introduzindo um novo rito que busca despertar a consciência sobre a crise ambiental que afeta toda a humanidade.

A importância da nova missa

Esta celebração não é apenas um ritual religioso, mas uma resposta à crescente necessidade de abordar questões ecológicas em um mundo que enfrenta desafios sem precedentes. O Papa João Paulo II já havia enfatizado a relação entre paz e criação a partir de sua mensagem para o Dia Mundial da Paz em 1990, e, 25 anos mais tarde, o Papa Francisco reforçou essa missão com a encíclica “Laudato Si”, que trata do cuidado com a casa comum.

Com a nova missa, o Papa Leão XIV busca unir as mensagens de seus predecessores em um ato coletivo de oração e reflexão adulta sobre a proteção do meio ambiente. Durante a coletiva de imprensa no dia 3 de julho, ele destacou a necessidade de se cuidar da casa comum em tempos onde desastres ecológicos, impulsionados por práticas insustentáveis, tornaram-se uma realidade comum.

O cenário da primeira missa

A primeira missa seguindo a nova fórmula ocorreu em um espaço simbólico, o ‘Borgo Laudato Si’, localizando-se nos Jardins de Castelgandolfo. O Papa Leão XIV pediu que todos aqueles presentes rezassem pela conversão de indivíduos que ainda não reconhecem a urgência de cuidar do planeta. “A nossa missão de guardar a Criação, de levar-lhe paz e reconciliação, é a sua própria missão”, afirmou, sublinhando a responsabilidade coletiva de todos perante a crise ecológica.

Um chamado à ação

A cerimônia, que ocorreu sob o céu aberto, também enfatizou a conexão entre a natureza e a espiritualidade. O Santo Padre usou a imagem de Jesus acalmando a tempestade para transmitir a confiança em Deus diante das adversidades. “Ouvimos o grito da terra, ouvimos o grito dos pobres”, alertou, testificando que esses clamores são ouvidos por Deus e requerem ação imediata. Ele destacou que a resposta humana, por meio de sua dignidade e capacidade de transformação, deve ser uma busca por justiça e comunhão.

Reflexão e aprendizado no Borgo Laudato Si

O ‘Borgo Laudato Si’ não é apenas um cenário para as celebrações litúrgicas, mas uma iniciativa educativa e social projetada para inspirar uma nova compreensão sobre a proteção ambiental. Criado em 2023, o espaço foca na formação e conscientização sobre os temas da sustentabilidade, em parceria com o Centro de Ensino Superior Laudato Si. A experiência que o Papa Leão XIV teve durante sua visita anterior ao local lhe deixou impressionado, o que resultou na escolha deste lugar para a primeira missa pela proteção da Criação.

Ao final da homilia, o Papa reiterou: “Que esta seja a harmonia que espalhamos pelo mundo”. Seu compromisso não é simplesmente com o momento da missa, mas com um chamado mais vasto para estabelecer uma nova forma de convivência com a natureza, que é essencial para a cura e reconciliação. Ele concluiu citando as palavras de Santo Agostinho: “Ó Senhor, as Tuas obras Te louvam para que Te amemos”.

Desafios e esperanças para o futuro

O Papa Leão XIV reconheceu os desafios imensos que a humanidade enfrenta em relação à ecologia, mencionando os interesses financeiros que muitas vezes superam a razão e a moral. No entanto, sua mensagem traz um vislumbre de esperança, enfatizando que a “aliança indestrutível entre o Criador e as criaturas” força uma reflexão necessária para transformar o mal em bem e a injustiça em justiça.

Esta nova missa surge em um contexto onde frequentemente se observa a dolorosa realidade do aquecimento global, conflitos armados e a crescente desigualdade social. Com a celebração, o Papa busca convidar todos a refletirem sobre suas responsabilidades, instigando uma conversão de coração que implica numa mudança de hábitos e práticas sustentáveis.

Assim, a intensa mensagem proveniente da primeira Missa pela Proteção da Criação é mais que uma cerimônia; é um apelo à reflexão coletiva sobre como podemos cuidar do mundo em que vivemos, unindo fé e ação. Que essa harmonia possa se espalhar por todas as partes do planeta, promovendo um futuro mais sustentável e justo para todos.

Para ouvir mais sobre esta cerimônia e seus impactos, ouça a reportagem completa aqui.

Para mais informações, acesse o link aqui.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes