Brasil, 22 de julho de 2025
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Índice de confiança social no Brasil tem queda em 2025

A pesquisa de confiança social de 2025 revela que brasileiros estão cada vez menos confiantes em instituições e grupos sociais.

Em um novo panorama social, o Índice de Confiança Social (ICS) 2025, realizado pela Ipsos-Ipec, revelou uma preocupação crescente entre os brasileiros: a confiança em instituições e grupos sociais apresentou uma significativa redução, com o índice geral atingindo 56 pontos. Este resultado marca uma tendência preocupante em um contexto em que a insatisfação social se torna cada vez mais palpável.

Resultados da pesquisa

O estudo, que contou com 2 mil entrevistas em 131 municípios brasileiros entre os dias 3 e 8 de julho de 2025, indicou que as instituições no Brasil obtiveram 54 pontos, enquanto os grupos sociais se destacaram com 62 pontos. No entanto, ambos registraram uma queda em relação ao ano anterior, evidenciando uma desconfiança crescente entre a população.

A pesquisa possui uma margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e um índice de confiança de 95%, o que confere robustez aos dados apresentados e reforça a urgência em se discutir a confiança social no país.

A insatisfação geral dos brasileiros

O levantamento indicou que todas as instituições e grupos sociais avaliados, que incluem desde serviços públicos até organizações privadas, perderam algum grau de confiança. Este cenário evidencia uma insatisfação generalizada e crescente dos brasileiros em relação às entidades responsáveis por promover o bem-estar social, a segurança e o desenvolvimento econômico.

Nível de confiança nas instituições

No que tange ao nível de confiança nas instituições, o Corpo de Bombeiros se destacou, alcançando a maior pontuação, com 85 pontos. Em seguida, as igrejas e as escolas públicas obtiveram índices de 67 e 66 pontos, respectivamente. Essas instituições continuam a ser vistas com alguma fé e respeito, mesmo frente à queda geral do ICS.

Queda de confiança nas forças de segurança

As instituições relacionadas à segurança pública, que normalmente são consideradas pilares de proteção, apresentaram uma diminuição preocupante nas pontuações. A Polícia Federal (PF) obteve 66 pontos, uma queda em relação aos anos anteriores. As Forças Armadas e a Polícia marcaram, respectivamente, 64 e 59 pontos, diminuindo entre 4 a 6 pontos em comparação com o levantamento anterior.

Confiança nas empresas e na política

O panorama não é diferente para as instituições privadas e políticas. Empresas e bancos apresentaram quedas significativas: 57 pontos para empresas, 56 pontos para bancos, e 54 para os meios de comunicação. As organizações da sociedade civil mostraram ainda menor confiança, com apenas 52 pontos.

Além disso, o Ministério Público registrou 56 pontos, enquanto o sistema eleitoral alcançou 50, deixando em evidência a desconfiança em setores cruciais da democracia e do Estado de Direito. O Poder Judiciário, por sua vez, viu sua credibilidade arrefecer, anotando apenas 49 pontos, uma das pontuações mais bajas da pesquisa.

O descontentamento com políticos e partidos

Os dados alarmantes atingem diretamente o ambiente político: o Congresso Nacional e os partidos políticos ficaram com índices de 37 e 32 pontos, respectivamente. O Governo Federal marcou 46 pontos e, para agravar a situação, o presidente da República e os sindicatos obtiveram apenas 41 pontos em um contexto de crescente despolitização e ceticismo em relação à liderança política.

Somente o governo municipal onde o entrevistado reside ultrapassou a barreira dos 50 pontos, atingindo 54. Em uma nota positiva, o sistema público de saúde também se destacou, alcançando 55, refletindo uma percepção mais favorável da população em relação à saúde pública em tempos de crise sanitária.

Reflexões finais

Os resultados do Índice de Confiança Social (ICS) 2025 revelam um Brasil em busca de maior estabilidade e confiança em suas instituições. Com índices em queda, é imperativo que o governo e outras entidades responsáveis tentem resgatar a fé da população. A insatisfação expressa nos números exige um olhar atento e um esforço conjunto para restaurar a confiança social e promover um diálogo aberto entre governo e cidadãos.

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