Brasil, 22 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Governo prevê medidas de contingência para enfrentar tarifas de Trump

Sem avanços na negociação, Brasil trabalha em linhas emergenciais para proteger setores afetados pelas tarifas de 50% impostas pelos EUA

O governo brasileiro ainda não possui uma perspectiva clara de avanço nas negociações com os Estados Unidos contra a tarifa de 50% aplicada a produtos brasileiros pelo ex-presidente Donald Trump. Com validade prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, as autoridades buscam saídas para mitigar os efeitos dessa medida, especialmente para empresas potencialmente impactadas.

Medidas de contingência na mira do governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, em entrevista à CBN, que o governo estuda um “plano de contingência” que pode envolver a criação de linhas emergenciais de crédito, segundo auxiliares do presidente. Essa iniciativa busca amparar setores mais afetados pelas tarifas, que dificultam a exportação e o comércio internacional.

Estratégias de apoio aos setores impactados

Integrantes do governo avaliam que é difícil redirecionar toda a exportação devido ao volume elevado, ou mesmo integrá-lo ao mercado interno. Assim, uma alternativa seria garantir financiamento emergencial por meio de créditos a taxas mais baixas, similar ao modelo utilizado para mitigar os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul, no ano passado, quando foram disponibilizados R$ 5 bilhões.

Busca por novos mercados e ações políticas

Sem respostas concretas até o momento, o governo intensifica esforços para encontrar novos destinos para as exportações brasileiras, como México e Canadá. Além disso, empresas negociam com compradores a divisão do custo da tarifa, principalmente em cargas já enviadas ao exterior. Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla de diversificação de mercados e de resistência às políticas tarifárias de Trump, que dispararam no contexto de tensões políticas.

Desafios internacionais e possibilidades de retaliação

O ministro Haddad afirmou que, se necessário, o governo pode recorrer a instrumentos de apoio específicos, como aumentar tarifas de produtos americanos ou mesmo a quebra de patentes, cassação de direitos autorais, entre outras medidas. Ainda assim, descartam-se retaliações mais rígidas, como sanções ao Judiciário ou restrições de visto, por entender que essas ações podem agravar o cenário econômico.

Futuro das negociações e impacto econômico

Atualmente, o Brasil aguarda uma autorização oficial da Casa Branca para retomar as negociações, com contatos informais já sendo realizados. O governo mantém o compromisso de permanecer na mesa de diálogo, apesar da gravidade da crise política e comercial.

“Vamos estar na mesa de negociação, mas não vamos deixar ao desalento os trabalhadores brasileiros. Vamos tomar as medidas necessárias”, declarou Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Ele destacou ainda que mais da metade das exportações para os EUA podem ser redirecionadas, embora o processo exija tempo.

Perspectivas e riscos futuros

Especialistas alertam que o contexto internacional torna difícil a busca por novos mercados, uma vez que vários países também enfrentam sobretaxas dos EUA. Os efeitos dessa política restam uma incógnita, e o governo mantém uma postura de cautela e monitoramento contínuo das ações e suas consequências.

O conflito diplomático atingiu, na última sexta-feira, um nível mais sério após o anúncio do secretário de Estado americano, Marco Rubio, de suspensão de vistos diplomáticos de várias autoridades brasileiras, incluindo integrantes do Supremo Tribunal Federal. Tais ações elevam ainda mais a tensão e dificultam soluções rápidas.

Segundo fontes governamentais, embora os canais de negociação informal estejam abertos, a oficialização de um diálogo depende de instruções claras da Casa Branca. Enquanto isso, o ministro Haddad reafirma: “O Brasil não sairá da mesa de negociações, mas estará preparado para todas as eventualidades”.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa aqui.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes