O governo federal divulgou nesta terça-feira (22) o Relatório de Receitas e Despesas Primárias do 3° Bimestre, que revela um aumento de R$ 27,1 bilhões nas receitas líquidas em relação ao segundo bimestre de 2025. Apesar do crescimento nas receitas, o resultado primário apresenta déficit de R$ 26,3 bilhões após a compensação dos bloqueios orçamentários.
Pressão nas despesas e principais fatores
As despesas do governo tiveram incremento de R$ 17,2 bilhões, impulsionadas principalmente pela alta de R$ 2,9 bilhões do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e de R$ 3,2 bilhões de créditos extraordinários. No período, os gastos com BPC superaram aqueles com Benefícios Previdenciários, que aumentaram R$ 0,4 bilhão. Segundo o Ministério da Fazenda, esses fatores pressionaram o déficit fiscal.
Receitas em destaque e projeções
Na captação de receitas, o destaque foi o crescimento de R$ 12,2 bilhões na arrecadação do Imposto de Renda. Além disso, a arrecadação proveniente de dividendos e participações caiu R$ 1,5 bilhão, chegando a R$ 41,8 bilhões. A projeção para as receitas primárias subiu R$ 25,4 bilhões, chegando a um total de R$ 2,9 bilhões em 2025. A arrecadação de recursos provenientes de Exploração de Recursos Naturais também apresentou crescimento de R$ 17,9 bilhões.
Taxas e preços previstos para 2025
A estimativa da taxa Selic média para 2025 foi ajustada de 14,28% para 14,25%. O valor médio do dólar passou de R$ 5,81 para R$ 5,70, enquanto o preço do barril de petróleo foi revisado de US$ 65,09 para US$ 68,38, refletindo expectativas de mercado mais otimistas quanto ao petróleo.
Perspectivas fiscais para os próximos anos
A meta fiscal para 2025 é de equilíbrio nas contas públicas, com um déficit zero previsto. Para 2026, o governo projeta um superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões), evoluindo para 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões) em 2027 e atingindo 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões) em 2028. Essas projeções estão descritas no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 e indicam uma trajetória de melhora nas contas públicas.
O governo reafirma o compromisso de buscar o equilíbrio fiscal mesmo diante de cenários desafiadores, apostando na recuperação econômica e na manutenção de uma política de austeridade orçamentária. A divulgação do relatório consolida as previsões de uma gestão prudente, com atenção aos resultados fiscais futuros.
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