O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta terça-feira que o governo brasileiro está avaliando a necessidade de socorrer empresas afetadas pela tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos. A medida, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, tem gerado preocupações entre empresários brasileiros, especialmente nos setores exportadores.
Reação do governo frente à tarifa de 50%
Durigan destacou que o governo analisa o histórico da relação entre Brasil e EUA para compreender melhor os impactos econômicos. “Não há fundamento econômico e financeiro para essa medida, mas estamos atentos à possibilidade de auxiliar as empresas brasileiras que possam ser prejudicadas”, afirmou durante entrevista sobre a liberação de R$ 20 bilhões em recursos que estavam congelados no Orçamento deste ano.
Medidas de apoio e contingência
De acordo com o secretário, o governo trabalha na reversão da taxação e aguarda avalições mais precisas sobre seu impacto na economia, inflação e demais indicadores econômicos. Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou a possibilidade de criar um “plano de contingência” que pode incluir linhas de crédito emergenciais para setores mais afetados.
Fundos e crédito extraordinário
Estão em estudo também a criação de um fundo específico para empresas prejudicadas com a crise, que seria abastecido com crédito extraordinário, fora das regras fiscais, para atuar como lastro de operações de crédito e reduzir a taxa de juros praticada.
Desafios e próximos passos
O entendimento do governo é de que será difícil redirecionar toda a exportação devido ao volume e à complexidade do mercado interno. Portanto, as ações focarão em auxílios pontuais e emergenciais. Ainda não há uma decisão definitiva, mas o governo trabalha para minimizar os efeitos econômicos da tarifa, protegendo os setores mais vulneráveis.
Segundo o Ministério da Fazenda, a equipe está monitorando cuidadosamente a situação e prevê que novas medidas poderão ser anunciadas nos próximos dias, em busca de reduzir o impacto da medida de Trump sobre a economia brasileira e as empresas nacionais.
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