Uma esmeralda impressionante de 92,5 kg, conhecida como “Pequena Notável”, será leiloada no dia 8 de agosto, com lance inicial de R$ 100 milhões. Essa pedra preciosa despertou a atenção de colecionadores e investidores, refletindo o potencial mineral do Brasil, especialmente da região de Pindobaçu, no norte da Bahia, onde desde 2001 diversas esmeraldas gigantes foram descobertas.
A história da “Pequena Notável”
A esmeralda foi encontrada na Serra da Carnaíba, situada entre Pindobaçu e Campo Formoso. Possui dimensões de 68 cm x 43 cm x 40 cm, e é considerada uma verdadeira obra-prima da natureza devido à abundância de cristais hexagonais bem preservados. O nome “Pequena Notável” foi uma homenagem à famosa artista Carmen Miranda, que era conhecida por sua baixa estatura.
A “Pequena Notável” foi adquirida em agosto de 2024 por um empresário carioca do setor metalúrgico, que se destacou como colecionador e investidor de ativos minerais. Após quase um ano em sua posse, ele decidiu leiloar a pedra, que poderá ser vista tanto no site da Bid Leilão quanto em visitas agendadas no Rio de Janeiro. É importante destacar que a pedra não está lapidada, permanecendo em seu estado natural.
O mercado das esmeraldas na Bahia
Nos últimos 20 anos, a Bahia tem se destacado em suas descobertas de esmeraldas, atraindo a atenção de garimpeiros e colecionadores. Além da “Pequena Notável”, outras esmeraldas notáveis foram extraídas da região. Por exemplo, a primeira grande esmeralda encontrada em 2001 pesava 380 kg e foi avaliada em incríveis US$ 1 bilhão, cerca de R$ 6 bilhões.
Após ser encontrada, essa pedra percorreu um longo caminho até chegar aos Estados Unidos, onde acabou em meio a uma disputa legal. Outro exemplo impressionante é a segunda pedra, com 360 kg, encontrada em 2017 e avaliada em R$ 300 milhões, e a terceira, com 137 kg, que estava avaliada em R$ 500 milhões quando foi comprada por empresários do setor de mineração.
Leilão e perspectiva de valorização
O leilão da “Pequena Notável” reforça a tendência de valorização das esmeraldas brasileiras no mercado internacional, especialmente em um momento em que muitas peças raras têm se tornado requisitadas por colecionadores e instituições. Entre as recentes transações, uma pedra de 137 kg foi leiloada pela Receita Federal por R$ 175 milhões, embora seu verdadeiro valor estimado seja ainda maior.
As esmeraldas deliberadamente deixadas em seu estado natural possuem apreciação especial, pois carregam a beleza bruta da mineração. Isso, combinado com a raridade dessas pedras e a cultura rica de garimpagem que a Bahia tem, cria um cenário favorável para o aumento do interesse e dos preços.
O futuro das esmeraldas da Bahia
Com a crescente demanda por esmeraldas raras e o relato de descobertas em Pindobaçu, o futuro pode ser promissor não apenas para os investidores e colecionadores, mas também para a economia local. Recursos oriundos dessas pedras preciosas podem ser um impulso significativo para a comunidade local, onde muitos ainda dependem do garimpo como sustento.
Os especialistas preveem que a publicização e leilão dessas pedras raras podem colocar a Bahia no mapa global de gemas. A continuidade das operações de mineração regulamentada e a preservação do patrimônio geológico podem garantir que a riqueza mineral do Brasil continue a brilhar, tanto nas mãos de colecionadores quanto na cultura nacional.
Por fim, a relevância cultural e econômica da “Pequena Notável” ultrapassa seu valor monetário. Ela representa a história, a tradição e a dura realidade do garimpo brasileiro, elementos que contribuem para a identidade do país e de suas riquezas naturais.
Com o leilão se aproximando, muitos ficarão na expectativa para ver qual destino a “Pequena Notável” encontrará, e como a história das esmeraldas brasileiras continuará a se desenrolar nos futuros próximos.
Para mais informações sobre futuras descobertas e eventos relacionados às esmeraldas na Bahia, continue acompanhando nossas atualizações.