Brasil, 22 de julho de 2025
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Eduardo Bolsonaro intensifica ataques ao STF enquanto tenta manter mandato

Deputado, sob investigação, articula estratégias para não perder cargo.

Investigado em um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta articulação com autoridades dos Estados Unidos contra o Judiciário brasileiro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou seus ataques a ministros da Corte e a instituições. Em paralelo, aliados buscam formas de evitar que ele perca seu mandato por faltas, considerando que sua licença de 120 dias expired no último domingo.

A situação do mandato de Eduardo Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o bloqueio das contas bancárias de Eduardo Bolsonaro, uma ação que, segundo fontes, visa dificultar ações contra a soberania brasileira. Em uma entrevista ao podcast “Inteligência Ltda”, o deputado desafiou essa medida, afirmando: “Quero ver encontrarem alguma coisa”.

Enquanto isso, Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, afirmou que o partido está empenhado em manter o mandato de Eduardo até o fim da legislatura, mesmo que o deputado resida no exterior. “Até o dia 4 de agosto, não há faltas por conta do recesso. Estamos buscando soluções para que ele continue exercendo o mandato até o final”, declarou Cavalcante.

Estratégias para evitar a perda do cargo

A Constituição brasileira estabelece que um deputado pode perder o mandato após faltas não justificadas em um terço das sessões ordinárias. Uma possível saída discutida entre aliados de Eduardo é sua nomeação para uma secretaria estadual em um governo aliado, como o de Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina. Esse arranjo permitiria que ele permanecesse licenciado da Câmara por tempo indeterminado, embora essa opção ainda esteja em fase inicial de negociações.

Entretanto, quem aceitasse nomeá-lo precisaria justificar ao eleitorado o pagamento de um salário de secretário a um político que reside fora do país. A preocupação é que o custo político para o governador, nesse caso Jorginho, poderia ser menor, dado seu alinhamento com o bolsonarismo.

A pressão sobre o deputado e o motivo dos ataques

No último sábado, Moraes afirmou que Eduardo “intensificou as condutas ilícitas” nas redes sociais após as medidas cautelares impostas a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro determinou que as publicações mais recentes do deputado fossem anexadas ao processo por considerá-las um reforço à tentativa de intimidação ao Judiciário. Somente desde a última sexta-feira, Eduardo fez cerca de 120 postagens, acumulando mais de 30 milhões de visualizações.

Algumas dessas postagens geraram polêmica. Em uma delas, o deputado fez brincadeiras sobre o cancelamento do visto americano de Moraes, ironizando a situação com montagens e comentários sarcásticos. “Talvez Moraes não saiba se Filipe Martins (ex-assessor de Bolsonaro) foi aos EUA, mas ele não vai”, afirmou ele, junto a uma montagem que gerou reações contrárias.

Temor sobre as eleições de 2026

Durante uma live no último domingo, Eduardo expressou sua preocupação com a situação política do Brasil. “Se o Brasil não resolver, nas próximas semanas ou meses, essa crise institucional, não haverá eleição em 2026”, disse, ressaltando que não está preocupado com sua popularidade. “É 100% vitória ou 100% derrota. E tenho certeza de que, se sairmos vitoriosos — e creio que sairemos —, recuperaremos essa popularidade em um ou dois dias”, completou.

As tensões entre Eduardo Bolsonaro, o STF e a situação política brasileira geram um cenário incerto e tumultuado. Enquanto ele intensifica ataques e busca soluções para preservar seu mandato, a pressão sobre as instituições e a democracia no país se torna cada vez mais evidente.

Acompanhe as atualizações para entender como essa situação se desenrolará nos próximos dias.

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