Brasil, 22 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Como salvar a essência nonprofit da OpenAI

Ex-funcionário de OpenAI sugere medidas para proteger a missão social da organização diante de mudanças internas

OpenAI, fundada como uma entidade sem fins lucrativos em 2015, enfrenta uma crise de identidade enquanto planeja uma reorganização que pode comprometer seu compromisso com o público. Um ex-funcionário alerta sobre os riscos dessa transformação e propõe estratégias para preservar a missão social da organização.

Origem e missão da OpenAI

Desde sua criação, a OpenAI tinha como objetivo desenvolver inteligência artificial de alto desempenho para beneficiar toda a sociedade, priorizando o valor coletivo acima do retorno financeiro. Em 2019, a organização criou uma subsidiária comercial para captar investimentos, mantendo o compromisso de priorizar o interesse público, com uma obrigação legal de fazer o bem comum.

Desafios atuais e riscos à missão social

De acordo com Jacob Hilton, ex-researcher na empresa, a mudança de foco para maximizar lucros ameaça esse compromisso. “A reorganização que remove limites de lucro para investidores e enfraquece as obrigações sociais coloca em risco a integridade da missão”, afirma Hilton. Ele observa ainda a pressa nas entregas de produtos, que tem gerado riscos à segurança e à responsabilidade social.

A influência do capital e a fragilidade do controle

Hilton destaca que, apesar de possuir ações na OpenAI, seu interesse é defender o público. Ele critica a falta de independência do conselho diretor, que teria recursos limitados para fiscalizar a conduta da empresa, enquanto a operação comercial cresceu exponencialmente, chegando a bilhões de dólares em receitas anuais.

Caminho para assegurar o propósito original

O ex-funcionário recomenda que o conselho da OpenAI priorize a contratação de um CEO dedicado à entidade sem fins lucrativos. Essa figura seria responsável por montar uma equipe independente, livre de conflitos de interesse financeiros, ajudando na supervisão das atividades e assegurando que as ações estejam alinhadas com a missão social.

Recomendações estratégicas

Entre as ações sugeridas estão a realização de avaliações de desempenho dos executivos com foco na missão, bem como o fortalecimento do papel do conselho na tomada de decisões. “A independência da equipe de supervisão é essencial para que a OpenAI continue priorizando o bem comum, mesmo em meio à busca por crescimento e lucros”, conclui Hilton.

Perspectivas para o futuro da missão

Se as propostas forem implementadas, a OpenAI poderá equilibrar seus interesses econômicos com sua responsabilidade social, garantindo que as inovações em inteligência artificial continuem a servir a todos de forma ética e segura.

Organizações e órgãos regulatórios também desempenharão papel crítico nesse processo, ao exercerem maior fiscalização sobre os compromissos assumidos pela empresa. Assim, a questão central permanece: é possível preservar a alma nonprofit da OpenAI enquanto ela navega pelo mar de interesses comerciais?

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes