Brasil, 22 de julho de 2025
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Brasil pode ter inventado o futuro do dinheiro, diz Nobel

O economista Paul Krugman elogia o sistema Pix e critica o setor financeiro americano em artigo recente.

No último dia 22 de julho, o renomado economista americano Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, publicou um artigo instigante onde sugere que o Brasil pode ter dado um passo significativo rumo ao futuro do dinheiro através da criação do Pix, sistema de pagamentos instantâneos inventado no país.

A análise de Paul Krugman sobre o Pix

No artigo intitulado “O Brasil inventou o futuro do dinheiro?”, Krugman examina a importância e a eficiência do sistema de pagamentos brasileiro, destacando suas vantagens em relação ao Zelle, um sistema similar utilizado nos Estados Unidos. Segundo Krugman, o Pix se destaca por ser “mais fácil de usar” do que sua contraparte americana. Essa perspectiva levanta um questionamento crucial: “Um sistema como o Pix poderia ser adotado nos EUA? Desse modo, Krugman acredita que a resposta é negativa, uma vez que o setor financeiro americano tenderá a restringir a concorrência de um sistema público mais eficiente como o Pix.

Críticas ao setor financeiro americano

O economista também manifesta suas preocupações em relação à nova lei aprovada pela Câmara dos Deputados dos EUA, conhecida como Lei Genius. Para Krugman, essa legislação pode facilitar o crescimento das ‘stablecoins’, uma ação que ele considera arriscada, pois pode gerar futuras crises financeiras. Tal posicionamento ressalta a diferença de dinâmica entre o setor financeiro dos dois países, onde ele acredita que os interesses financeiros americanos não permitem a implementação de um sistema tão revolucionário quanto o Pix.

Por que o Pix tem sido um sucesso?

Em sua análise, Krugman atribui o sucesso do Pix a suas baixas taxas de transação e à inclusão financeira que ele promove. O sistema tem se mostrado uma ferramenta eficaz para brasileiros que buscam agilidade e segurança nas transações financeiras, um aspecto que tem contribuído significativamente para a sua popularidade desde o seu lançamento.

Outro ponto relevante levantado por Krugman é a rapidez das operações realizadas através do Pix. A invenção brasileira tem permitido que pagamentos sejam concluídos em questão de segundos, um diferencial importante que atende a uma demanda crescente por soluções financeiras mais eficientes.

O impacto da política nas fintechs

Ao longo do artigo, o autor também toca na relação entre a política e a economia, afirmando que a “economia política brasileira” apresenta características distintas em comparação à americana. Ele menciona que no Brasil, ex-presidentes que tentam sabotá-las estão sujeitos a julgamentos, algo que, segundo ele, demonstra um compromisso maior com a democracia.

Além disso, Krugman sugere que os grupos de interesse que tornam difícil a adoção de uma moeda digital nos EUA têm muito menos influência no Brasil, o que favorece inovações como o Pix. Essa avaliação ressalta a importância de um ambiente regulatório que encoraja o surgimento de tecnologias financeiras inovadoras.

Quem é Paul Krugman?

Paul Krugman, economista norte-americano e professor titular da Universidade da Cidade de Nova York, é conhecido tanto por sua carreira acadêmica quanto por suas publicações em meios de comunicação. Em 2008, recebeu o Prêmio Nobel de Economia por suas contribuições às teorias do comércio internacional e da geografia econômica. Seu trabalho contínuo e sua influência no diálogo econômico global fazem dele uma figura proeminente, cujas opiniões são respeitadas e frequentemente discutidas.

O artigo de Krugman oferece uma nova perspectiva sobre a relevância do Pix no cenário financeiro global, sinalizando que a inovação brasileira pode inspirar mudanças em outros países, desafiando a hegemonia de sistemas financeiros tradicionais. A discussão sobre a eficiência e os impactos sociais do Pix continua a ser um tema central na agenda econômica mundial.

Por fim, é evidente que o Brasil, através do Pix, não apenas desenvolveu uma solução prática para pagamentos, mas também se posicionou como um protagonista nas inovações financeiras do século XXI.

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