A WEG, uma das marcas mais reconhecidas do Brasil no mundo, completa quase 64 anos de história. Fundada em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, por Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, a empresa nasceu da necessidade de motores elétricos durante a fase de industrialização brasileira na década de 1960. Hoje, ela atua em setores como automação, energia, tintas e transformadores, com fábricas em 18 países e filiais em 42. No último exercício, faturou R$ 38 bilhões e emprega cerca de 47 mil pessoas, sendo 10% delas engenheiros, segundo dados do CEO Alberto Kuba.
Desafios de uma multinacional brasileira
Apesar de sua expansão global, a WEG enfrentou obstáculos no início, incluindo limitações de infraestrutura e problemas de logística. Kuba ressalta que, na fundação, o maior desafio era superar essas barreiras enquanto o país buscava consolidar-se como uma potência industrial. O êxito veio ao formar um modelo de complementariedade entre os sócios, focado na qualidade, inovação e relacionamento de longo prazo com clientes e fornecedores.
Estratégias de crescimento e desafios atuais
Segundo Kuba, o “pulo do gato” foi a união de competências distintas dos fundadores, formando uma cultura forte e uma visão de longo prazo. A resiliência brasileira e estratégias de inovação constante permitiram que a WEG se tornasse uma das maiores fabricantes de equipamentos eletroeletrônicos do mundo.
Obstáculos no cenário atual
Hoje, Kuba aponta a instabilidade geopolítica como uma das principais adversidades, além do ambiente de incerteza gerado por tensões comerciais e conflitos internacionais. A crescente competição global exige das empresas brasileiras maior eficiência, inovação e sustentabilidade, além de uma estratégia cautelosa de atuação no mercado externo.
Perspectivas para o futuro
O CEO destaca que a WEG continuará investindo em tecnologia, pessoas e novas geografias, alinhada às megatendências globais — como energias renováveis, eficiência energética e mobilidade elétrica. Kuba afirma que, mesmo diante de cenários de tensão mundial, a empresa pretende manter sua trajetória de crescimento global, sempre fiel aos valores que a consolidaram.
Inspiração para empreendedores brasileiros
Kuba reforça que a lição da WEG é a de formar competências internas, desenvolver tecnologia própria e atuar com visão internacional desde cedo. Para o empreendedor brasileiro, o caminho é combinar ambição, resiliência e estratégia de longo prazo, apostando em inovação e impacto social.
Para mais detalhes, leia a entrevista completa no site do O Globo.