Nesta segunda-feira (21), uma tragédia abalou a cidade de Hortolândia, em São Paulo, quando um cachorro da raça pit bull atacou e matou uma criança de apenas dois anos. O incidente ocorreu pela manhã, logo após a mãe da menina ter feito algumas compras no mercado. O desespero tomou conta da cena, conforme narrado por testemunhas que testemunharam o ataque brutal.
A tragédia e o desespero dos vizinhos
Poliana Eduarda, uma vizinha que estava nas proximidades, foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local. Ela escutou os gritos de socorro da mãe da criança e imediatamente correu para ajudar. Em depoimento, relatou como viu o pit bull sacudindo a menina: “Na hora que eu corri, vi o cachorro sacudindo a menina. Eu peguei e liguei para a polícia. A mãe [da criança] estava falando: ‘socorro’. Na hora que eu vi, ela estava em desespero”, declarou Poliana.
O desespero tomou conta do ambiente, e Poliana continuou: “O cachorro não soltava, não tinha como. Começou sacudindo a cabeça. Eu fiquei totalmente desesperada. A cena ali, o choque foi muito grande”. A violência do ataque foi tão extrema que a vizinha não conseguia entender como uma situação tão horrível poderia acontecer.
Intervenção da polícia e consequências do ataque
A Polícia Militar foi acionada por Poliana, que não hesitou em buscar ajuda. Ao chegarem ao local, os agentes perceberam que a situação exigia medidas drásticas. Para conseguir que o cachorro soltasse a criança, a polícia foi obrigada a atirar contra o pit bull. Infelizmente, a vítima não resistiu aos ferimentos e foi declarada morta ao chegar a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
O pit bull, que recebeu três disparos, também foi socorrido e levado para atendimento veterinário. As informações indicam que o animal tinha sido adotado há aproximadamente dois meses, mas a dinâmica do ataque ainda está sob investigação. A perícia foi acionada para investigar as circunstâncias que levaram a essa tragédia.
Reações da comunidade e o aumento de ataques de cães
Esse evento trágico não é um caso isolado. Outra auxiliar de serviços gerais da região relatou que um vizinho tentou intervir utilizando um pedaço de madeira, mas sua ação não teve sucesso diante da força do pit bull. “Ele pegava mais na parte da cabeça e sacudia ela, sacudia bastante”, lembrou a testemunha.
O medo e a insegurança em relação a cães perigosos aumentam entre os moradores de Campinas, especialmente após um recente aumento de 26,5% nos casos de ataques de mordidas de cães na região. A população questiona a responsabilidade e a segurança em relação à posse de raças consideradas potencialmente perigosas.
Conclusão e reflexão sobre a posse responsável de animais
Esse triste incidente em Hortolândia levanta questões importantes sobre a posse responsável de animais de estimação, especialmente em relação a raças que possuem um histórico de agressividade. É fundamental que os proprietários tenham consciência sobre a necessidade de treinamento e contenção adequados, além de garantir a segurança de todos os que circundam suas residências.
A tragédia que tirou a vida de uma inocente criança de apenas dois anos deve servir como um alerta para a sociedade como um todo, reavivando o debate sobre a responsabilidade na criação de animais e a necessidade de se adotar medidas que previnam futuras ocorrências tão devastadoras.
Enquanto a comunidade se unifica em luto e solidariedade à família da criança, é imperativo que medidas sejam tomadas para evitar que eventos semelhantes voltem a acontecer e que o respeito aos animais e à vida humana sejam sempre prioridades.