Situado no coração de Nova York, entre os altos edifícios de Times Square, um pequeno tatuagem combina arte corporal com missão religiosa. O proprietário Tommy Houlihan, de 55 anos, descreve seu estúdio como um “ministério para a Medalha Milagrosa”, refletindo sua fé católica e dedicação à vocação espiritual.
De tatuador a evangelizador
Houlihan, que atua como tatuador desde 1990 e cresceu em um lar católico no bairro Hell’s Kitchen, revelou que sua rotina mudou significativamente após uma renovada conexão com sua fé. Nos anos anteriores, ele vivia ostentando joias e frequentando restaurantes sofisticados, mas tudo isso ficou para trás.
“Isso tudo passou porque eu realmente abracei minha fé”, afirmou. Sua mudança interior se aprofundou há aproximadamente cinco anos, após conhecer o testemunho de Zachary King, ex-satanista que se converteu ao catolicismo após uma experiência com a Medalha Milagrosa, uma medalha de origem francesa que simboliza a bênção da Virgem Maria desde 1830.
Medalha Milagrosa como símbolo de missão
Ao ouvir a história de King, Houlihan se aprofundou na sua fé e buscou orientação espiritual, conversando com sacerdotes — alguns exorcistas — sobre seus dilemas entre manter seu negócio e honrar seus valores religiosos. Um deles comparou a sua missão a um “anti-veneno” para o que chamou de “uma den de víboras” ao redor de sua loja.
Desde então, ele incorporou a Medalha Milagrosa ao seu trabalho, entregando uma a cada cliente que entra na loja, que fica em uma área de grande diversidade espiritual. Houlihan disse acreditar que, assim, sua tatuagem se tornou uma espécie de ministério mundial, alcançando turistas de várias nacionalidades.
Restrições e cuidados com o conteúdo
Apesar de sua vocação, Houlihan mantém critérios rigorosos sobre o que tatua. Ele evita símbolos satanistas, signos de zodíaco, imagens relacionadas à bruxaria ou à cultura de ocultismo, além de recusar tatuagens que possam desrespeitar imagens sagradas ou promover ideologias contrárias à sua fé. Ele também não realiza tatuagens em regiões que possam sexualizar o corpo ou ferir seus princípios religiosos.
“Não posso me associar a algo do ocultismo e não posso colocar essa imagem em você. Um dia, tenho que prestar contas disso”, explicou.
Reações e impacto na comunidade
Houlihan afirma que cerca de 60% dos clientes reagem positivamente à entrega da Medalha Milagrosa, enquanto 30% permanecem indiferentes, e uma minoria demonstra resistência ou hostilidade. Como resultado, sua loja sofreu uma redução no volume de negócios, mas ele acredita que as bênçãos recebidas ajudam a manter o empreendimento viável na sua missão de evangelização.
Seu objetivo é que cada pessoa que entra na loja possa experimentar uma transformação espiritual: “Que tenham uma conversão instantânea, que se tornem bons católicos, ou que se fortaleçam na fé”, afirmou. Além de fortalecer sua própria caminhada, a loja se tornou uma forma de evangelizar a todos que visitam o local, levando a mensagem do Evangelho de forma discreta porém poderosa.
Para saber mais, acesse o fonte original.