No mês passado, a jornalista Angela Haupt, editora de saúde e bem-estar da TIME, abordou um problema que muitas pessoas ignoram: a síndrome do olho seco. Esta condição, que afeta milhões, vem ganhando destaque à medida que mais pesquisas mostram seu crescimento e impacto na qualidade de vida dos pacientes.
O que é e por que acontece a olheira seca?
Segundo o especialista em córnea, Dr. Daniel Brocks, para que nossos olhos funcionem bem, é preciso que haja uma camada de lágrima adequada na sua superfície. Quando há deficiência na produção de lágrimas ou má qualidade delas, ocorre a secura ocular, levando a sintomas incômodos.
“Nosso olho precisa de uma lubrificação constante para o conforto e a visão clara. Quando essa lubrificação falha, o paciente sente irritação, sensação de areia ou fuligem, além de vermelhidão e sensibilidade à luz”, explica Brocks. Em casos mais graves, dores intensas e dificuldade para abrir os olhos podem surgir, além de riscos de infecções.
Sintomas comuns e consequências
Quem sofre de olho seco frequentemente relata queimação, sensação de areia, olhos vermelhos, fotofobia e visão embaçada. Com o avanço da condição, podem surgir infecções e úlceras na córnea, agravando o quadro.
Research indica que a doença reduz a produtividade laboral e interfere na rotina, dificultando atividades como leitura e direção. “Muitos relatam não conseguir realizar suas tarefas diárias ou aproveitar momentos ao ar livre”, afirma a oftalmologista Dr. Penny Aswell.
Tratamentos e dicas para aliviar
O tratamento varia conforme a gravidade, mas inclui o uso de lágrimas artificiais, mudanças no ambiente e, em casos mais graves, procedimentos específicos praticados por oftalmologistas. Recentemente, Talia Rotenberg, de Los Angeles, começou a usar novas gotas prescritas e espera alívio em alguns meses.
Além do acompanhamento médico, cuidados diários como evitar ambientes secos e vents constantes podem ajudar significativamente. Muitos pacientes também se beneficiam do uso de óculos escuros e umidificadores de ar.
Perspectivas futuras para quem sofre com a doença
Com o envelhecimento da população e maior exposição a fatores de risco, a orientação é que as pessoas fiquem atentos aos sintomas e procurem assistência especializada ao menor sinal de desconforto ocular. Pesquisas continuam explorando formas mais eficientes de tratar o olho seco, aprimorando a qualidade de vida dos afetados.