Brasil, 21 de julho de 2025
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Rui Costa diz que EUA “decidiram brigar com o mundo inteiro”

Ministro da Casa Civil afirma que o Brasil adotará postura diplomática diante das tarifas e investigações comerciais dos Estados Unidos

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “decidiu brigar com todo mundo” ao impor tarifas comerciais a vários países, incluindo União Europeia, Canadá e China. Segundo o ministro, o Brasil atuará com serenidade e priorizará a diplomacia para enfrentar a crise causada pelas ações americanas.

Brasil维espondendo com serenidade às ações de Trump

“É algo que não conseguiríamos imaginar que estivesse acontecendo. É um presidente de uma grande potência que decidiu guerrear com a Europa, Canadá, México e agora mostrar interesse na nossa pauta interna, como PIX e a Rua 25 de Março”, declarou Rui Costa, acrescentando que o Brasil continuará buscando soluções por meio do diálogo e da negociação.

Rui Costa comentou que o Brasil deve reforçar sua estratégia de diversificação comercial. “Canadá já sinalizou interesse em estabelecer uma aliança com Mercosul para reduzir a dependência dos EUA, assim como o México. Nosso objetivo é assinar até dezembro o acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul, ampliando as oportunidades para a indústria e o agronegócio brasileiro”, ressaltou.

Investigação dos EUA e tensões diplomáticas

O ministro também criticou a recente investigação do governo americano contra o Brasil, que cita práticas relacionadas ao PIX e às redes sociais. “É inacreditável que a principal potência mundial divulgue documentos sobre nossas estratégias internas. Situações como essa mostram uma ingerência sem precedentes na nossa soberania”, afirmou Rui Costa.

As ações americanas foram desencadeadas após Trump anunciar sobretaxas de 50% sobre produtos brasileiros e revogar vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal. Além disso, o Escritório do Representante do Comércio dos EUA (USTR) abriu um processo formal para averiguar práticas comerciais consideradas desleais pelo governo americano, incluindo o uso do PIX.

Reação brasileira e próximos passos

Apesar do cenário de conflito, Rui Costa garantiu que o Brasil não “baixará a cabeça” e continuará trabalhando para fortalecer suas relações comerciais. “Estamos abertos a negociações, mas também preparados para resistência e reestruturação de alianças comerciais, buscando novos parceiros”, afirmou.

Ele destacou que o Brasil já negocia acordos com países como Canadá, México e União Europeia. “Queremos ampliar nossas oportunidades, seja pela assinatura de tratados comerciais ou pela busca de novos mercados”, concluiu o ministro.

Impactos e perspectivas futuras

Especialistas avaliam que a postura diplomática do Brasil é compatível com a situação de tensão internacional, embora reconheçam os desafios de manter a soberania em meio às pressões de potências como os EUA. A crise diplomática reforça a necessidade de o Brasil equilibrar suas relações externas enquanto preserva seus interesses econômicos.

Para Rui Costa, o foco é “seguir firme na defesa do país, buscando sempre o diálogo e a cooperação internacional, mesmo em momentos de instabilidade”.

Fonte: O Globo

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