Brasil, 21 de julho de 2025
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PT solicita suspensão de mandato e bloqueio de salários de Eduardo Bolsonaro

Partido pede medidas cautelares contra deputado após atuação no exterior.

O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou, na presidência da Câmara dos Deputados, um pedido de suspensão cautelar do mandato de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o bloqueio de seus vencimentos. A solicitação acontece em um momento delicado, já que o deputado havia pedido licença de afastamento de suas funções por 120 dias, prazo que expirou no último domingo (20).

Motivos para o pedido de suspensão

A solicitação formalizada pelo líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), aponta que a atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior é hostil ao Estado brasileiro, à sua Constituição e aos Poderes constituídos. O pedido menciona que, durante o período de licença, o deputado intensificou suas ações e declarações contrárias ao Brasil, com foco em articular sanções internacionais contra o país.

“Ao longo do período de licença, sua conduta agravou-se de forma notória e pública: foram inúmeras declarações e ações orientadas à promoção de sanções internacionais contra o Brasil, especialmente dirigidas ao Supremo Tribunal Federal e à autoridade de seus ministros, inclusive com comemoração da tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras anunciadas por Donald Trump,” afirma o documento.

Regimento interno e consequências

Segundo o regimento da Câmara, ao término do prazo de licença, se o retorno do parlamentar não for comunicado, há previsão de bloqueio do salário. O trecho do pedido destaca a gravidade da situação: “Considerando o término da licença e a injustificada ausência de retorno às atividades parlamentares, é imperativo que a Presidência da Câmara proceda ao imediato bloqueio do pagamento da remuneração parlamentar de Eduardo Bolsonaro, nos termos da Constituição Federal e das normas internas desta Casa.”

Representações éticas e sequências

Lindbergh Farias também lembrou que a atuação de Eduardo Bolsonaro no exterior gerou duas representações no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. As representações, protocoladas em 25 de maio e 11 de julho de 2025, requerem a cassação de seu mandato parlamentar por violação ao decoro, traição à soberania nacional e abuso das prerrogativas constitucionais. Além disso, em 16 de julho de 2025, foi protocolada uma petição coletiva à Mesa da Câmara, solicitando a aplicação de medida cautelar de suspensão do mandato do deputado.

Reações e possíveis desdobramentos

A situação de Eduardo Bolsonaro tem gerado reações diversas no cenário político brasileiro. Para muitos, a concessão do pedido do PT pode abrir precedentes importantes para futuras ações contra parlamentares que se afastam de seus deveres em favor de interesses pessoais ou internacionais que prejudiquem o Brasil.

Do outro lado, apoiadores de Eduardo ressaltam que suas articulações no exterior são parte de um jogo político legítimo, e que a resposta do PT pode ser interpretada como um golpe de baixa retórica no tabuleiro político nacional. A tensão entre os diferentes partidos se intensifica nesse contexto, levando a discussões sobre a ética e os limites da atuação política.

Conclusão

O pedido de suspensão cautelar do mandato de Eduardo Bolsonaro e o bloqueio dos seus vencimentos evidenciam um momento crítico na política brasileira, onde os limites da atuação parlamentar e as repercussões das ações no exterior são colocados em debate. O desfecho dessa situação poderá não apenas impactar o futuro do deputado, mas também influenciar o comportamento de outros parlamentares em relação ao seu dever de representação e lealdade ao Estado.

A acompanhar os próximos passos da Câmara dos Deputados, a expectativa é que a transparência e a legality sejam priorizadas nas decisões que virão.

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