Brasil, 21 de julho de 2025
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PSOL protocola impeachment de Tarcísio de Freitas na Alesp

A bancada do PSOL protocolou um novo pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas, acusando-o de crimes de responsabilidade.

A bancada do PSOL na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) protocolou, nesta segunda-feira, 21, um novo pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos. De acordo com a denúncia, o dirigente estadual cometeu crimes de responsabilidade ao “apoiar ataques do governo Trump contra o Brasil” e “agir para favorecer a fuga do ex-presidente Jair Bolsonaro”, investigado por tentativa de golpe de Estado.

Motivos do pedido de impeachment

No pedido de impeachment, os deputados estaduais Carlos Giannazi, Ediane Maria, Guilherme Cortez, Mônica Seixas e Paula da Bancada Feminista afirmam que “Tarcísio extrapolou suas atribuições enquanto governador, além de violar o dever de lealdade institucional ao se alinhar a interesses estrangeiros em meio a uma grave crise diplomática.” A ação ocorre em um momento crítico, onde os Estados Unidos anunciaram tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros exportados a partir de agosto de 2025, gesto que Trump afirmou ser uma manifestação de solidariedade ao ex-presidente Bolsonaro.

A postura do governador

“Enquanto o Brasil sofre um ataque econômico e institucional sem precedentes, o governador de São Paulo se comporta como um agente a serviço de um projeto autoritário estrangeiro que busca enfraquecer a soberania brasileira, fragilizar a democracia e subjugar nossa economia,” destacou o deputado Cortez em nota.

A denúncia destaca não apenas o apoio de Tarcísio ao presidente americano, como também suas tentativas de intervir junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para facilitar a liberação do passaporte de Bolsonaro. A intenção seria permitir que Bolsonaro pudesse “negociar” com Trump para evitar as tarifas. O ex-presidente teve seu passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro deste ano.

Reação do governador

Na sexta-feira, 18, em defesa do ex-presidente, Tarcísio publicou em suas redes sociais que “sabe que estamos e seguiremos ao seu lado”. Ele descreveu Bolsonaro como alguém que “não conheço ninguém que ame mais este país, que tenha se sacrificado mais por uma causa quanto Jair Bolsonaro” e expressou sua preocupação com a situação enfrentada pelo ex-presidente, que foi alvo de uma série de medidas cautelares determinadas pelo STF, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e restrições de proximidade com embaixadas.

No início do mês, depois do anúncio das tarifas, Tarcísio culpou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo aumento das tarifas, afirmando que “colocou a ideologia acima da economia”, embora não tenha criticado o STF. Posteriormente, qualificou as tarifas como “deletérias” e afirmou que “o esforço diplomático” para reverter a medida cabe ao governo federal.

Expectativas futuras

O pedido de impeachment do PSOL se insere em um contexto de tensão política e econômica que tem gerado reações diversas entre os líderes políticos e a população. O GLOBO tentou contato com o governador Tarcísio de Freitas para comentar sobre o pedido de impeachment, mas até o momento não recebeu uma resposta, mantendo aberto o espaço para manifestação.

A tramitação do pedido de impeachment ainda está em análise e poderá gerar desdobramentos significativos para a política estadual e nacional. A situação apresenta desafios não apenas para Tarcísio, mas também para o governo federal e a oposição, enquanto o Brasil tenta navegar em um cenário político conturbado e em constante mudança.

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