Na manhã desta segunda-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, reafirmou que a prefeitura assumirá a responsabilidade pela retirada dos dutos localizados no terreno do Gasômetro. Este espaço é o alvo dos planos do Clube de Regatas do Flamengo, que pretende construir um novo estádio no local. Através de suas redes sociais, Paes enfatizou que o terreno já pertence ao Flamengo, que agora tem a total liberdade para decidir o futuro do projeto.
A posição do prefeito em relação ao Flamengo
Eduardo Paes deixou claro em uma postagem no X (anteriormente conhecido como Twitter) que a administração municipal está completamente alinhada com o Flamengo. “A prefeitura do Rio continua afirmando que se responsabiliza pela retirada dos dutos. Está tudo certo. O terreno já é do Flamengo. Quem decide o que fazer é o Flamengo. Apoiaremos qualquer decisão,” afirmou o prefeito.
O apoio do governo municipal é crucial, uma vez que o andamento do projeto do estádio depende de várias aprovações e obras de infraestrutura, como a mencionada remoção dos dutos que atualmente ocupam uma parte significativa da área do Gasômetro.
Desafios financeiros e logísticos na remoção dos dutos
Entretanto, a remoção desta megaestrutura não será uma tarefa simples. De acordo com informações do Blog do Ancelmo Gois, essa operação envolve a transferência de estruturas pertencentes à CEG e à CEG-Rio, subsidiárias do grupo multinacional Naturgy. O custo estimado para essa remoção gira em torno de R$ 100 milhões, um valor que pode impactar significativamente os planos financeiros do Flamengo.
Em 30 de agosto, as empresas notificaram a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio (Agenersa) sobre a complexidade do processo, que inclui a necessidade de adaptar os usos acordados inicialmente com o governo estadual ao novo cenário criado pela decisão do clube.
Estudos técnicos para o projeto do estádio
No entanto, essa não é a única preocupação do Flamengo em relação ao novo estádio. Em abril deste ano, o clube contratou três empresas para realizar uma série de estudos técnicos no terreno do Gasômetro. O objetivo é garantir que a área esteja adequada para o desenvolvimento do projeto arquitetônico que está sendo elaborado pela Arena Events + Venues.
Entre os estudos, destaca-se a análise da contaminação do solo, a cargo da empresa Aecom. Essa etapa é considerada crucial, pois envolve a investigação ambiental detalhada, a atualização da avaliação de riscos e a elaboração de uma estratégia de descontaminação. Os custos e prazos necessários para essa remediação estão sendo levantados, uma vez que a limpeza do solo pode gerar despesas adicionais significativas antes do início da construção.
Análises complementares para o projeto
Além das análises de solo, o Flamengo também irá realizar estudos de geotecnia, que fornecerão dados essenciais para os cálculos estruturais e a definição da tipologia das fundações do estádio. Este trabalho será executado pela empresa Soloteste, que trará informações valiosas para a concepção do empreendimento e para a otimização dos custos.
Outro aspecto relevante dos estudos é a análise topográfica, a cargo da empresa JDS. Esse trabalho permitirá uma avaliação detalhada das características do terreno, das interferências existentes, e do impacto sobre a vegetação local. Também inclui a identificação de possíveis ações de remediação e compensação ambiental que poderão ser exigidas pelos órgãos competentes.
Dessa forma, o planejamento meticuloso do Flamengo indica um compromisso não só com a construção de um novo estádio, mas também com a responsabilidade ambiental e a segurança do projeto. A expectativa é que, com o apoio da prefeitura e a realização desses estudos, o flamenguista possa em breve celebrar a construção de uma nova casa para o clube, que seja ícone de desenvolvimento e modernidade na cidade do Rio de Janeiro.
Com todos esses desafios a serem superados, a torcida rubro-negra aguarda ansiosamente por notícias positivas e por um cronograma definido para o início das obras.