No último sábado (19), um incidente violento em Salvador chamou a atenção de moradores e autoridades locais. O porteiro Levinton Freitas dos Santos, que trabalha em um condomínio no bairro Engenho Velho, afirma ter sido agredido e ameaçado de morte por um ex-policial militar. A agressão, que ocorreu na guarita do condomínio, foi registrada por câmeras de segurança, revelando a gravidade do ato.
Desentendimento que gerou violência
Segundo relato de Levinton, o desentendimento teve início quando ele chegou para trabalhar e precisou recuar seu carro por duas vezes para não assustar o cachorro de uma moradora, que é esposa do agressor. Apesar dos cuidados, o animal acabou se soltando da coleira. Levinton, então, se retirou para a sala de trabalho, onde foi surpreendido pela entrada do ex-policial, que já chegou agredindo-o.
“Ele entrou na guarita já me agredindo e eu não sei o por quê. Eu tentei me defender dos tapas, mas do pescoço não teve como porque ele é forte. Ele disse para eu não falar nada para a mulher dele, mas eu nunca falei nada para ela”, contou Levinton, visivelmente abalado com a situação. O vídeo da agressão, agora disponível, expõe a brutalidade do ataque e faz ecoar preocupações sobre a segurança nos condomínios de Salvador.
Histórico de desrespeito por parte do ex-policial
Ainda segundo o porteiro, essa não é a primeira vez que episódios de desrespeito e desentendimentos ocorrem com o ex-policial e sua companheira. Desde que o casal passou a morar no condomínio em novembro de 2024, Levinton relata constantes conflitos e descaso, principalmente em relação às regras do prédio. “Ele sempre foi agressivo e nunca respeitou as normas do prédio. Quem trabalha à noite aqui sofre muito com isso”, afirmou.
Com medo pela sua segurança, Levinton comunicou à síndica do condomínio sua decisão de não retornar ao trabalho. “Eu não quero voltar. Ele sabe a hora que eu chego e saio. Ele disse que poderia mandar me matar”, desabafou o porteiro, ressaltando o clima de medo que se instaurou após a agressão.
Reações e providências da Polícia Militar
Em resposta ao ocorrido, a Polícia Militar divulgou uma nota informando que o ex-policial havia sido demitido em março de 2022, após um processo administrativo. Em 2023, o pedido de reintegração dele foi negado, embora os detalhes que levaram a essa decisão não tenham sido esclarecidos publicamente. A situação levanta questões sobre a adequação da segurança pública e a responsabilização de ex-membros das forças armadas.
Investigação em andamento
Após o incidente, Levinton registrou um boletim de ocorrência na 6ª Delegacia Territorial de Brotas. A polícia já começou a investigar o caso como lesão corporal, realizando oitivas e outras diligências para esclarecer os fatos. As imagens da câmera de segurança são agora uma peça chave na investigação, podendo ajudar a encontrar soluções para conflitos semelhantes no futuro.
Este caso destaca a necessidade urgente de um olhar atento sobre a segurança em condomínios e a proteção de trabalhadores. O incidente também serve como um alerta sobre como o histórico de violência e desrespeito pode influenciar a dinâmica comunitária, exigindo um posição firme das autoridades competentes.
À medida que o caso se desenrola, os moradores do condomínio e a comunidade de Salvador aguardam por ações efetivas que garantam a segurança e o respeito mautrato no espaço coletivo.
O desfecho desta história ainda é incerto, mas a indignação gerada pela agressão de Levinton destaca a importância da denúncia de situações abusivas e da necessidade de medidas mais rigorosas em relação a comportamentos violentos.
Para mais detalhes sobre o caso e outras notícias do estado, fique atento ao g1 Bahia.
