Brasil, 22 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Novas imagens revelam ação de PM da Rota que resultou em morte de policial civil

Imagens da câmera corporal mostram a confusão que levou à morte do investigador Rafael Moura da Silva na Zona Sul de SP.

No último domingo, o programa Fantástico revelou novas imagens que aprofundam a investigação sobre a morte do investigador da Polícia Civil, Rafael Moura da Silva, ocorrida em julho na favela do Fogaréu, na Zona Sul de São Paulo. As gravuras, captadas pela câmera corporal de um policial militar da Rota, revelam detalhes sobre a falha que culminou em um trágico engano durante uma operação conjunta entre as forças policiais.

O registro da ação que terminou em tragédia

As imagens mostram o sargento Marcos Augusto Costa Mendes, da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), correndo em direção a um portão preto, onde momentaneamente pára para abri-lo. Poucos instantes depois, os disparos são ouvidos. O policial civil, no momento da abordagem, tentou se identificar, gritando que era “polícia” antes de ser baleado.

Segundo a defesa da família de Rafael, apesar das tentativas do investigador de se identificar, o sargento continuou a disparar. O advogado Marcus Vinicius, que representa a família, denunciou que “as imagens deixam explícito que o sargento agiu de maneira irregular”, reiterando ainda que o policial civil se identificou antes dos tiros serem disparados.

Reação da defesa do PM e as investigações em curso

A defesa do sargento Marcos argumenta que ele seguiu os procedimentos operacionais e que as ações realizadas estavam dentro dos padrões esperados. O advogado de defesa destacou que, mesmo se verbalizado, o distintivo de Rafael não estava visível no momento do incidente, uma condição que agravaria a percepção de ameaça.

Além disso, o advogado afirmou que Marcos encontrou uma chave no chão que presumiu abrir o portão do beco, área conhecida pela atividade criminosa. Apesar disso, a defesa da família contesta a versão divulgada, alegando que o vídeo contradiz a narrativa do PM, evidenciando que ele estava totalmente ciente do que estava fazendo.

A sequência dos eventos e as consequências

Durante a operação, Marlosa que diferentes equipes atuavam na mesma área sem coordenação adequada. Ao todo, Rafael foi atingido por três balas, resultando em sua morte cinco dias após ser socorrido no Hospital das Clínicas. Esse caso levanta questionamentos sobre a falta de comunicação entre as equipes, que culminaram em tragédias desnecessárias.

Após o incidente, a Justiça de São Paulo determinou o afastamento cautelar de Marcos Augusto e de outro policial, Robson Santos Barreto. Enquanto um deles disparou contra Rafael, o outro estava presente em uma ocorrência anterior a 500 metros do local e agora é alvo de averiguação pela Corregedoria da Polícia Militar.

Compromisso das autoridades com a investigação

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo lamentou a morte do policial civil e se comprometeu com a apuração rigorosa do caso. Informações compartilhadas pela SSP indicam que todas as imagens fundamentais estão disponíveis para as autoridades competentes, incluindo o Ministério Público e a Justiça.

Durante a coletiva, o promotor responsável pelo caso se manifestou a favor do afastamento cautelar dos policiais militares, reforçando que a situação está sendo monitorada de perto.

A repercussão e o clamor por justiça

A família de Rafael vem exigindo transparência e justiça desde o início da situação. “Ele sempre costumava me ligar, mas naquele dia não atendeu”, desabafou Kátia Santos Dias, esposa do investigador. O desespero e a confusão após os disparos foram capturados nas imagens, mostrando o sofrimento de colegas que presenciaram o episódio.

Este trágico incidente destaca a necessidade de comunicação clara e concisa durante operações policiais, uma vez que a falta nela trouxe consequências irreparáveis. As imagens reveladas neste domingo abriram um novo capítulo na investigação e geraram uma onda de indignação entre os familiares e a população, reforçando a urgência por mudanças nos protocolos operacionais das forças de segurança.

À medida que as investigações avançam, a sociedade aguarda respostas e justiça em um caso que expõe as fragilidades do sistema de segurança e a desumanização que pode ocorrer em operações mal coordenadas.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes