Brasil, 21 de julho de 2025
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Nikolas Ferreira critica medidas do STF contra Jair Bolsonaro

Deputado defende ex-presidente e questiona fundamentação de penas aplicadas.

No último domingo (20), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez uma declaração contundente em vídeo, abordando a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante sua fala, Nikolas expressou que a pena máxima de 43 anos de prisão, que pode ser aplicada em decorrência das acusações feitas pela Procuradoria Geral da República (PGR), não seria razoável, apenas com base em indícios de um suposto golpe.

Contexto das críticas de Nikolas Ferreira

Nas semanas anteriores, Nikolas havia enfrentado pressão de sua base bolsonarista para se posicionar sobre as recentes operações da Polícia Federal (PF) que visavam Bolsonaro. Em uma rede social, o deputado comparou a situação do ex-presidente com a de Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ele, nunca foi submetido a um monitoramento similar durante seus processos judiciais.

O parlamentar, conhecido por sua postura firme em defesa de Bolsonaro, afirmou que a atitudes do STF e a retórica do governo Lula fazem parte de um ataque à democracia brasileira. Em um vídeo gravado que durou cerca de 14 minutos, ele denunciou o que chamou de “super poderes” do ministro Alexandre de Moraes, argumentando que a situação atual é uma ameaça à autonomia nacional.

Principais pontos abordados por Nikolas

No decorrer do vídeo, Nikolas Ferreira argumentou que críticas à administração de Jair Bolsonaro poderiam ser afastadas, pois os argumentos a favor dele são válidos, independentemente da simpatia pessoal que cada um possa ter pelo ex-presidente. Ao descrever as penas que Bolsonaro poderia enfrentar por crimes relacionados à tentativa de golpe de estado, ele questionou se 43 anos de prisão são justos, apenas baseando-se em “possibilidades”.

O deputado fez menção a casos de corrupção na história recente do Brasil, ressaltando que muitos políticos foram absolvidos, mesmo após serem encontrados com grandes quantidades de dinheiro ilícito. Ele criticou a discrepância entre as penas sugeridas pelo STF para Bolsonaro e o tratamento dado a outros políticos condenados. “Tivemos agora, na história recente do Brasil, corruptos com malas e malas de dinheiro na casa e o que aconteceu com esses caras? Nada,” afirmou Nikolas.

Atuação do STF e liberdade de expressão

Nikolas também voltou sua crítica contra as recentes notícias relacionadas à apreensão de 14 mil dólares na casa de Bolsonaro. Ele argumentou que essas medidas são tratadas de maneira exagerada por parte da mídia e dos opositores. O deputado fez uma analogia com os eventos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, defendendo que eles foram tratados de maneira desproporcional.

Citando um caso específico, ele disse: “Claro que é errado quebrar, depredar, mas meter 17 anos em um cara que pegou bola do Neymar autografada?” Essa frase ressaltou sua visão de injustiça nas condenações e nos julgamentos que estão sendo impostos.

Críticas à política externa e a narrativa de Lula

No fim de sua declaração, Nikolas também aborda a questão da política externa, especialmente em relação aos Estados Unidos, e critica a narrativa do governo Lula sobre as ações de Donald Trump. Segundo ele, as críticas feitas pela administração atual são vistas como uma “narrativa da esquerda”, sugerindo que Trump está apenas exercendo sua autoridade sobre as políticas de importação dos EUA, sem ferir a soberania do Brasil.

Em um clima de polarização política, a mensagem de Nikolas Ferreira ecoou entre seus apoiadores, enquanto reforçou divisões ainda mais acentuadas na política brasileira. É um cenário que continua a gerar debate e controvérsia, especialmente entre os votantes que se encontram em lados opostos do espectro político.

Enquanto o STF prossegue na análise dos casos envolvendo o ex-presidente, resta saber que impactos uma defesa tão veemente de figuras políticas poderá ter nas próximas eleições e na percepção pública sobre a justiça no Brasil.

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