Brasil, 21 de julho de 2025
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Japão aposta em painéis solares de perovskita para desafiar a China

País investe em painéis solares flexíveis de perovskita para ampliar uso de energia renovável e reduzir dependência da China

O Japão está fazendo investimentos significativos em uma nova geração de painéis solares flexíveis e ultrafinos de perovskita, com o objetivo de ampliar sua participação na energia renovável e desafiar a liderança da China no setor.

Inovação em painéis de perovskita frente aos desafios nacionais

Os painéis dobráveis de perovskita surgem como solução ideal para o Japão, cujo relevo montanhoso limita a instalação de fazendas solares tradicionais. Uma característica fundamental dessas células é o uso de iodo, do qual o país é o segundo maior produtor mundial, atrás apenas do Chile.

Desafios técnicos e ambientais

Apesar do potencial, a tecnologia enfrenta obstáculos: as células de perovskita contêm chumbo tóxico, têm menor eficiência e durabilidade reduzida em comparação com os painéis de silício. Atualmente, a vida útil desses módulos é de cerca de 10 anos, mas avanços recentes prometem aumentar esse período para até 20 anos, segundo especialistas.

Estratégia de mercado e metas futuras

Com a meta de alcançar emissão líquida zero até 2050, o governo japonês vê na tecnologia uma peça-chave para a descarbonização e a competitividade industrial. Incentivos públicos incluem um subsídio de aproximadamente US$ 1 bilhão para a Sekisui Chemical, visando gerar energia suficiente para abastecer 30 mil residências até 2027.

A corrida pela energia solar no Japão

O Japão planeja instalar até 2040 painéis capazes de gerar 20 gigawatts, o equivalente à produção de 20 reatores nucleares, contribuindo para a meta de que 50% de sua demanda elétrica seja atendida por fontes renováveis.

Hoje, a energia solar representa cerca de 9,8% do consumo energético do país, com previsão de alcançar 29% até 2040, impulsionada pelo desenvolvimento de painéis mais leves, flexíveis e eficientes.

Aplicações e perspectivas de futuro

Os painéis de perovskita, leves e flexíveis, podem ser instalados em superfícies curvas ou irregulares, ideais para o território montanhoso do Japão. Atualmente, protótipos já são utilizados em edifícios de 46 andares em Tóquio, estádios em Fukuoka e até em janelas da Panasonic.

“Se o Japão conseguir demonstrar um bom modelo, poderá exportá-lo para o mundo”, avalia Hiroshi Segawa, especialista em tecnologia solar da Universidade de Tóquio. Apesar do entusiasmo, a produção em larga escala ainda não é viável, devido à vida útil mais curta dos módulos e ao uso de chumbo, que exige cuidados ambientais.

Perspectivas de avanço tecnológico e sustentabilidade

Especialistas dizem que a tecnologia de perovskita pode igualar a eficiência do silício, atingindo até 20 anos de durabilidade, e que o foco deve estar na maximização do uso de energia renovável, independentemente do tipo de painel.

Segundo Segawa, “não devemos pensar em termos de silício ou perovskita, mas em como usar ao máximo a energia renovável de forma sustentável”.

Para mais detalhes sobre a estratégia do Japão, acesse o artigo completo.

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