Brasil, 21 de julho de 2025
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Diocese de Roraima celebra 300 anos de evangelização

Comemorações marcam o jubileu de fé e desafios presentes na Igreja de Roraima.

No dia 19 de julho de 2025, a diocese de Roraima celebrou com grande solenidade os 300 anos da chegada dos primeiros missionários, no ano de 1725. Este jubileu foi marcado por uma série de eventos que ressaltaram a importância da evangelização na região e o significado dessa longa trajetória de fé.

Uma caminhada de celebração

A festividade teve como tema “300 anos de fidelidade e novos desafios numa Igreja sinodal”. As comemorações começaram com uma caminhada que levou os participantes até a catedral, onde a história dos três séculos de missão evangelizadora foi relembrada com emoção. O bispo diocesano, Dom Evaristo Spengler, presidiu a celebração eucarística, que contou com a presença de autoridades locais e uma significativa participação de fiéis das diversas comunidades da diocese.

A memória dos antepassados

Durante a celebração, Dom Evaristo fez questão de recordar a história vivida pela Igreja local. Ele mencionou que a trajetória foi marcada por “suor, perseguições, superações e a busca de novos caminhos”. O bispo enfatizou que o caminho percorrido até aqui só foi possível porque aqueles que vieram antes firmaram-se na fé e na esperança. “A fé em Jesus Cristo, anunciada pelos missionários, entrelaçou-se com as sementes do verbo já plantadas no coração dos povos originários”, ressaltou Spengler, afirmando que esse anúncio gerou frutos de vida, dignidade, respeito e justiça.

Sementes de esperança

Dom Evaristo também destacou três símbolos que iluminam a caminhada da diocese: “a semente que é plantada, o óleo que unge e o rio que corre”. Ele recordou a simplicidade da Igreja que chegou a Roraima através de nove carmelitas, que trouxeram consigo a “semente” da Boa Nova do Reino de Deus. Com o passar dos séculos, essa semente germinou em pequenas comunidades, que se dedicaram à promoção humana, saúde, educação e solidariedade.

A mensagem do bispo foi clara: a evangelização em Roraima não foi colonização, mas uma verdadeira inculturação, sempre respeitando a história e a vivência do povo local. “A Igreja caminhou com o povo, com os pés descalços nas estradas empoeiradas e enlameadas”, disse ele, ao mencionar o trabalho árduo de construção de comunidades.

Unções e desafios

Além da semente, o óleo é um símbolo importante da missão. “A unção é um gesto do Espírito Santo que não é privilégio de poucos, mas é de todos os batizados”, afirmou Dom Evaristo. Assim, a evangelização é definida como “uma sucessão de unções e entregas”, citando todos aqueles que ao longo desses 300 anos contribuíram para a missão. O bispo fez um chamamento a avançar na construção da comunhão, reforçando a necessidade de acolher aqueles que mais precisam e continuar a trabalhar pela justiça social.

A metáfora do rio

O bispo utilizou a imagem do Rio Branco para simbolizar a evangelização na região. “Esse rio é testemunha da evangelização, um caminho que gera vida e esperança”, identificou. Ele convoca todos a serem como o rio: livres, fecundos e sempre em movimento, prontos para enfrentar novos desafios e abrir novos caminhos na missão.

Na conclusão de sua homilia, Dom Evaristo fez um chamado a ser “Semeadores do Reino, Ungidos pelo Espírito e como um Rio que leva esperança”. A celebração se encerrou com a entrega de 450 mudas de planta às comunidades da diocese, oferecendo um símbolo de renovação e de cuidado com a criação que dialoga com a espiritualidade e a missão da Igreja.

Essa celebração, portanto, não apenas remeteu à memória do passado, mas funcionou como um verdadeiro convite para os desafios do futuro, envolvendo todos os fiéis na continuidade dessa obra de amor e esperança que é viver o Evangelho no chão amazônico.

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