Brasil, 21 de julho de 2025
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China impede saída de executivos estrangeiros, aumentando tensões com EUA

Autoridades chinesas bloqueiam saídas de executivos e funcionários americanos, alimentando preocupações sobre o ambiente de negócios no país.

A China vem adotando medidas que dificultam a saída de executivos estrangeiros, reforçando o clima de instabilidade nas relações comerciais e diplomáticas. Recentemente, uma executiva do banco americano Wells Fargo foi impedida de deixar o país, enquanto um funcionário do governo dos Estados Unidos foi detido por várias semanas, em um contexto de crescentes tensões bilaterais.

Tensões crescentes e impacto no ambiente de negócios

As ações recentes refletem um aumento na preocupação de empresas estrangeiras com a segurança jurídica na China. Além da restrição à saída da executiva Mao Chenyue, do Wells Fargo, um funcionário do Departamento de Comércio dos EUA, que viajava a título pessoal, também foi proibido de sair do país por várias semanas. Segundo o Washington Post, ele é um sino-americano que visitava parentes na China.

Eric Zheng, presidente da Câmara Americana de Comércio em Xangai, pediu maior transparência por parte das autoridades chinesas. “Precisamos de mais detalhes sobre esses casos para garantir a segurança e a estabilidade para as empresas estrangeiras”, afirmou Zheng.

Medidas e silêncio oficial da China

A executiva Mao Chenyue, do Wells Fargo, não foi detida, mas recebeu determinação para não deixar a China. O banco confirmou estar acompanhando a situação e trabalhando para possibilitar o retorno de Mao aos EUA, o que ainda não ocorreu.

Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores da China declarou que todos os casos estão sendo tratados conforme a lei do país. “A China é um país que respeita o Estado de Direito, e todos os procedimentos seguem as normativas locais”, afirmou um porta-voz, acrescentando que Mao está “envolvida em uma investigação criminal” e obrigou a colaborar com as autoridades.

Repercussões diplomáticas e impacto nas relações bilaterais

Segundo a embaixada dos EUA na China, as restrições de saída prejudicam as relações entre os dois países. Um porta-voz da missão diplomática afirmou que os EUA acompanham de perto esses incidentes e pediram que os cidadãos americanos afetados possam retornar imediatamente ao território americano.

Essa escalada de restrições ocorre em um momento de maior tensão, marcado por disputas comerciais, como as tarifas impostas por Donald Trump e a guerra tarifária com a China, além de investigações de espionagem e investigações internas envolvendo empresas estatais chinesas. O cenário reforça o ambiente de insegurança para empresas estrangeiras que operam no país.

Repercussões econômicas e futuras ações

Analistas alertam que essas ações podem impactar investimentos externos na China, que tem buscado atrair capital estrangeiro para sustentar seu crescimento econômico. “Medidas restritivas assim podem afastar investidores, dificultando a retomada do fluxo de capitais e colocando em risco projetos de longo prazo”, avalia João Silva, especialista em relações econômicas internacionais.

O caso levanta dúvidas sobre a estabilidade jurídica na China e reforça a necessidade de empresas e governos avaliarem cuidadosamente o ambiente de negócios no país enquanto as tensões diplomáticas persistem.

Fonte: O Globo

Tags: Relações China-EUA, Investimentos estrangeiros, Tensão diplomática, Economia internacional

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