Brasil, 21 de julho de 2025
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Bolsonaro exibe tornozeleira eletrônica e critica humilhação

Ex-presidente Jair Bolsonaro demonstrou a tornozeleira recebida após decisão do STF e falou sobre sua situação judicial.

No último dia 21 de julho, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez sua primeira aparição pública com a tornozeleira eletrônica imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-mandatário, que se apresentou à imprensa, comentou sobre o dispositivo localizado em sua perna esquerda, ressaltando que não cometeu crimes e se referindo à situação como uma “humilhação” para o país.

Bolsonaro fala sobre sua inocência

Durante a saída de um encontro com aliados no Congresso, Bolsonaro afirmou: “Não roubei cofres públicos, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso é o símbolo da máxima humilhação do nosso país. Uma pessoa inocente”. O ex-presidente aponta sua confiança na lei de Deus em meio às complicações jurídicas que enfrenta.

“O que estão fazendo com o presidente da República… Nós vamos enfrentar tudo e a todos”, declarou Bolsonaro. Na ocasião, ele estava acompanhado por mais de 50 deputados e dois senadores, além de aliados de diversos partidos, como Republicanos, PP, PSD, União Brasil e Novo, que discutiram as recentes decisões do STF e operações da Polícia Federal (PF).

O encontro foi convocado pelo Partido Liberal (PL) e teve como principal foco a criação de uma estratégia de reação às ações da justiça que envolvem o ex-presidente.

Novas comissões para defesa de Bolsonaro

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), anunciou a formação de três comissões que têm como objetivo articular uma reação da oposição. A primeira focará na comunicação dos parlamentares, liderada por Gustavo Gayer (PL-GO). A segunda vai mobilizar ações internas no Congresso, sob o comando de Cabo Gilberto (PL-PB), enquanto a terceira busca atuar nas ações externas para “dar voz ao ex-presidente”, coordenada por Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Zé Trovão (PL-SC).

Medidas restritivas impostas por Moraes

O ministro Alexandre de Moraes estabeleceu várias restrições para Bolsonaro, incluindo a proibição de participação em transmissões, como entrevistas, tanto em suas redes sociais quanto de terceiros. Essas medidas fazem parte de um inquérito que investiga possíveis ataques à soberania nacional e poderão levar a consequências mais severas, como a prisão, se descumpridas.

Moraes também determinou recolhimento domiciliar noturno de Bolsonaro, das 19h às 7h, além de limitações nas comunicações com outras pessoas investigadas. Esse clima de tensão judicial fez com que Bolsonaro cancelasse uma entrevista ao site Metrópoles, temendo que a transmissão ao vivo violasse as proibições legais.

Repercussão da situação de Bolsonaro

A situação de Jair Bolsonaro continua a gerar ampla repercussão na mídia e entre os eleitores. Enquanto ele expressa sua indignação e se coloca como vítima de uma “humilhação”, a comunidade política se divide entre apoiadores fervorosos e críticos que denunciam suas práticas enquanto esteve no poder.

As declarações de Bolsonaro e as medidas do STF criam um ambiente de incerteza na política nacional, colocando o ex-presidente em uma posição delicada, pressionado tanto pela justiça quanto por seus opositores. Seu futuro político e os desdobramentos legais ainda estão em aberto, mas ele segue reafirmando sua inocência e confiança na justiça divina como bússola de suas ações.

Com essas novas comissões e a mobilização dos aliados, espera-se que o ex-presidente continue a lutar contra as acusações e a construção de uma narrativa que dialogue com seus apoiadores, ao mesmo tempo em que enfrenta um contexto judicial cada vez mais complexo.

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