Brasil, 21 de julho de 2025
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Aliados de Eduardo Bolsonaro buscam estratégia para mantê-lo no mandato

Com o fim da licença, aliados de Eduardo Bolsonaro negociam alternativa para que ele siga no mandato mesmo residindo no exterior.

Aliados do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) têm se mobilizado em busca de alternativas viáveis para garantir que ele permaneça no mandato, mesmo após ter sua licença encerrada oficialmente neste domingo. Uma das opções em discussão é sua nomeação para uma secretaria estadual em governos aliados, como os de Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina, ou Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo.

A busca por soluções para a permanência de Eduardo

Com a preocupação em manter Eduardo no cenário político, a ideia de sua nomeação para um cargo administrativo permitiria que ele continuasse afastado da Câmara dos Deputados, com o aval da Casa. Informações de articuladores próximos aos governadores apontam que existe uma disposição parcial para essa acomodação, embora as discussões ainda estejam em estágios iniciais.

No caso do governo de Santa Catarina, onde Jorginho Mello é considerado um dos mais próximos ao bolsonarismo, a análise é de que o custo político para a aceitação dessa indicação seria menor. Contudo, a escolha por um governador disposto a nomear Eduardo se torna um desafio, já que ele precisaria justificar ao eleitor o salário de um secretário residente fora do país.

Desafios em meio à corrida eleitoral de 2026

Com a proximidade da eleição de 2026, a situação se torna ainda mais complexa. Os governadores de direita estão em busca do apoio de Jair Bolsonaro, e a nomeação de Eduardo poderia facilitar a aproximação com o clã. Entretanto, integrantes dos governos de Ronaldo Caiado (União Brasil), em Goiás, e Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, demonstram resistência à proposta.

Além da alternativa da secretaria, outros planos, como a votação remota, têm sido considerados pelos aliados de Eduardo. A movimentação ocorre em um contexto delicado, com críticas internas aumentando em relação à longa ausência de Eduardo do Brasil, especialmente após o aumento de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Atuação do PL para assegurar a permanência no cargo

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, reafirmou o empenho do partido em garantir que Eduardo permaneça no cargo até o fim da legislatura. “Até o dia 4 [de agosto], não há faltas por conta do recesso. Depois disso, ele pode se ausentar. Estamos buscando soluções para que ele continue exercendo o mandato até o final,” declarou Cavalcante.

Além disso, o líder minimizou recentes atritos entre Eduardo e o governador Tarcísio de Freitas, afirmando que as desavenças já foram resolvidas. “Teve ruído, sim, mas isso já está superado. Zero estresse. Estamos solidários e gratos pelo trabalho que ele tem desempenhado. O tarifaço não foi ele que pediu, foi uma decisão de Trump,” ressaltou o líder do PL.

Discussões e novos encontros no Congresso

Ainda durante o recesso parlamentar, a bancada do PL se reúne para discutir as medidas cautelares que foram impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente usa tornozeleira eletrônica por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A expectativa é que Eduardo participe do encontro por videoconferência.

Ao final do dia, está prevista a ida de Bolsonaro ao Congresso, onde concederá uma coletiva à imprensa. O cenário continua incerto, mas a articulação de seus aliados busca contornar os desafios e garantir a presença de Eduardo Bolsonaro na política, mesmo à distância.

Com a situação evoluindo rapidamente, resta saber quais serão os próximos passos dos aliados do deputado e como isso afetará a dinâmica política no Brasil.

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