Discutir o fim da vida não precisa ser mórbido. Segundo a especialista Dr. Shoshana Ungerleider, essas conversas tornam-nos mais conscientes e vivos.
Por que é importante planejar o fim da vida
Estudos indicam que a maioria das pessoas não recebe o cuidado alinhado aos seus desejos, apesar de 80% quererem morrer em casa. Conversas sobre valores, medos e preferências ajudam a garantir uma despedida mais pacífica, afirmam especialistas.
As perguntas que você deve fazer a si mesmo e aos seus familiares
1. Quem deve tomar minhas decisões de saúde caso eu não possa mais?
Essa é a questão mais prática. Escolha alguém que conheça bem você e saiba tomar decisões difíceis, explica Paul Malley, presidente da ONG Aging with Dignity. Caso não haja uma escolha, o estado fará essa definição.
2. Que tratamentos médicos desejo ou quero evitar?
Reflita sobre procedimentos em diferentes contextos, como coma ou dano cerebral grave. Revisite esse plano a cada cinco anos ou após mudanças de saúde significativas.
3. Como quero ser tratado com dignidade?
Defina preferências específicas, como massagens ou cuidados pessoais. Essas orientações ajudam familiares e profissionais a providenciar um cuidado mais alinhado aos seus desejos.
Importância de falar sobre essas questões cedo
Começar essas conversas na fase adulta precoce, por volta dos 18 anos, e atualizá-las periodicamente, garante que seus desejos sejam respeitados e que você e seus entes queridos estejam preparados.
O impacto de planejar com antecedência
Além de proporcionar paz de espírito, o planejamento evita sofrimento emocional e ajuda a exercer controle sobre momentos finais, considerando as próprias preferências e valores.
Especialistas reforçam que abraçar a mortalidade é uma atitude de vida, que promove maior atenção ao presente e ao cuidado com quem amamos.
Fontes: Angela Haupt, TIME; Dr. Shoshana Ungerleider, fundadora da End Well; Paul Malley, Aging with Dignity.