A música brasileira perdeu, neste domingo (20/7), uma de suas vozes mais potentes e autênticas. Preta Gil, aos 50 anos, não resistiu a uma batalha intensa contra o câncer, que a acompanhou desde 2023. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, expressou suas condolências em uma emotiva mensagem nas redes sociais, ressaltando o impacto de Preta na luta contra preconceitos e na busca pela igualdade.
Uma artista que quebrou barreiras
Geraldo Alckmin destacou a coragem e a autenticidade da cantora, afirmando que ela “quebrou padrões e lutou contra o preconceito”. Em sua postagem, o político estendeu suas orações a Gilberto Gil, pai da artista, e a todos os familiares e amigos neste momento de dor. Preta Gil sofreu de câncer e estava nos Estados Unidos em tratamento quando partiu.
Manifestação de solidariedade
Ministras do governo, como Anielle Franco e Margareth Menezes, também lamentaram profundamente a morte da cantora. Anielle Franco ressaltou a luta de Preta contra o machismo e as dificuldades impostas pela doença, lembrando o apoio que a artista deu em momentos de crise, como os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 2018.
A importância de Preta na luta social
Anielle comentou: “Uma mulher que enfrentou o racismo, o machismo, a gordofobia e a doença sem nunca perder sua ternura, nem sua voz. Lutou muito por sua vida e por tudo em que sempre acreditou.” Ao final de sua homenagem, a ministra lembrou que o Brasil perdeu mais que uma artista; perdeu um símbolo de força e amor pela vida.
Palavras da ministra Margareth Menezes
Margareth Menezes também comentou a dor da perda, expressando solidariedade à família de Preta. “Preta, preta, pretinha… Vá em paz, minha querida”, disse a ministra, recordando o crescimento de Preta na música e a construção de sua carreira autêntica. Ela destacou ainda o caráter livre da artista, que falava sobre a vida de forma aberta e sincera.
Legado musical e admirado
Preta Gil, filha de Gilberto Gil, foi uma figura muito querida na música popular brasileira, com uma carreira marcada por sua autenticidade e pela luta por direitos sociais. Sua trajetória, marcada por sucesso e engajamento, deixou uma marca profunda na cultura brasileira. Músicas como “Sinais de Fogo” e “Não é Hora de Ter Medo” ressoavam não apenas por suas melodias cativantes, mas também por suas letras que abordavam temas sociais e emocionais.
A luta da cantora contra o câncer também inspirou muitos, trazendo à tona a necessidade de conscientização sobre a doença e a importância do apoio emocional em tempos de crise. Durante o tratamento, Preta compartilhou momentos de sua vida nas redes sociais, mostrando sua força diante da adversidade e seu amor pela vida, que sempre esteve presente em sua arte.
Reflexões e homenagens
Em um país onde a luta contra o preconceito e a desigualdade ainda é uma batalha diária, a trajetória de Preta Gil se torna um exemplo de coragem e resiliência para todos. As manifestações de lamento e solidariedade não se limitaram ao governo; fãs de todas as partes do Brasil também expressaram seu amor e admiração pelas contribuições que Preta fez à música e à sociedade.
A morte de Preta Gil nos lembra da fragilidade da vida e da importância de celebrar aqueles que nos inspiram. Que seu legado permaneça entre nós e que sua luz continue a brilhar através de suas músicas e da luta por justiça e igualdade que ela tanto almejava.
