Em dezembro de 2018, o Banco Central do Brasil divulgou as bases do Pix, um sistema de pagamentos instantâneos que completou cinco anos de funcionamento em novembro de 2023. A iniciativa, que começou a ser discutida em 2016, mudou profundamente a forma como brasileiros realizam transferências e pagamentos, movimentando trilhões de reais anualmente.
A evolução do Pix e sua origem
O conceito do Pix começou a ser debatido em 2016, com o lançamento da Agenda BC+ pelo então presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Entre os objetivos estava a modernização do sistema financeiro e a melhoria na eficiência dos processos de pagamento, incluindo a elaboração de normas que tornassem as transações mais ágeis.
Em maio de 2018, o BC criou o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift), que atuou como uma incubadora de projetos inovadores, incluindo o desenvolvimento do Pix. No mesmo mês, foi criado o Grupo de Trabalho Pagamentos Instantâneos, responsável pelas bases do sistema a ser lançado futuramente.
Implementação e teste do sistema de pagamentos instantâneos
A partir de 2018, o Banco Central avançou na estruturação do Pix, que em agosto de 2019 recebeu sua base de dados e passou a ser gerenciado pelo próprio órgão. Segundo o BC, a centralização visa maximizar ganhos de escala e garantir a eficiência do ecossistema de pagamentos.
O nome Pix foi oficializado em fevereiro de 2020, pouco antes da pandemia de covid-19 transformar radicalmente o setor financeiro. O sistema foi lançado em caráter de teste em novembro daquele ano e, duas semanas depois, tornou-se obrigatório para todas as instituições financeiras, operando 24 horas por dia.
Dados e crescimento do sistema
Nos seus cinco anos de atuação, o Pix movimentou cerca de R$ 65 trilhões, consolidando-se como uma ferramenta essencial na rotina financeira do Brasil. Em junho de 2023, o sistema atingiu um recorde mensal de R$ 2,866 trilhões movimentados, com a participação de 936 instituições financeiras.
O sistema é gratuito para pessoas físicas e microempreendedores individuais (MEI), o que ajudou a ampliar sua adoção massiva. Em novembro de 2020, o mês de lançamento oficial, foram movimentados cerca de R$ 25,9 bilhões, valor que cresceu exponencialmente ao longo dos anos.
Desafios e críticas atuais
Apesar do sucesso, o Pix enfrentou críticas recentes, inclusive por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que atuou contra o sistema por questões de segurança e controle de transações internacionais. Além disso, preocupações com fraudes e ataques cibernéticos continuam sendo o foco de debates na área de segurança digital.
Perspectivas futuras
Especialistas apontam que o Pix deve ainda evoluir, com melhorias em segurança, inclusão financeira e ampliação de funcionalidades, como pagamentos por QR code e operações internacionais. O Banco Central já anunciou novos projetos voltados à inovação e à proteção do sistema.
Para análises completas e detalhes sobre as bases do Pix lançadas em 2018, consulte o relatório do BC.