Brasil, 18 de julho de 2025
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Ultramaratonista de SP dá a segunda volta ao mundo

Alexandre Sartorato percorreu 27 países em 102 dias, enfrentando desafios extremos em sua segunda volta ao mundo.

O ultramaratonista Alexandre Sartorato, de 52 anos, conquistou um feito impressionante ao dar a volta ao mundo pela segunda vez, percorrendo um total de 27 países em 5 continentes durante 102 dias. O aventureiro de Cubatão (SP) teve sua resistência colocada à prova em climas variados, que foram desde os -10°C nos Alpes Suíços até os quase 40°C nas proximidades do deserto do Egito. “Nada é impossível se temos fé em Deus, disciplina e determinação”, declarou o atleta.

Uma jornada épica pelo mundo

O desafio de Sartorato teve início no dia 31 de março, nas icônicas Pirâmides de Gizé, e culminou no último sábado, 12 de julho, após longas jornadas diárias de corrida que variavam entre 12 e 18 horas. O ultramaratonista enfrentou uma logística complexa, passando por países como Egito, Grécia, Albânia, França e Japão. Para completar a travessia, ele utilizou 60 pares de meias, 26 de tênis e oito calças de lycra, além de ter lidado com o desgaste físico que se manifestou em forma de bolhas, assaduras e microlesões musculares.

Preparação e disciplina

“Foram cinco anos de treinamento. Como costumo falar, você precisa ter bastante disciplina. São muitos anos de treino e muitas horas diariamente. Você abre mão de muitas coisas e, ao concluir, é uma sensação quase indescritível”, compartilhou Sartorato. Esta jornada exigiu dele um nível de preparo mental e físico além do que muitos conseguem imaginar. Ele destacou a importância de não só estar fisicamente apto, mas também de adaptar-se a diferentes fusos horários, culturas e alimentos.

Os desafios da viagem aérea

Porém, os obstáculos não se restringem apenas ao solo; os deslocamentos de avião, que são necessários para “pular” mares e oceanos, também criam uma série de complicações para o atleta. “Perco tempo de estrada, e tempo pra mim é quilômetro. Não consigo descansar porque fico com os pés pendurados, o que causa inchaço e formigamento”, relatou. O ultramaratonista enfatizou que esses desafios dificultam a cicatrização das feridas que se formam durante a corrida, tornando a recuperação ainda mais complicada.

Compromisso e sacrifício

A jornada não foi apenas física, mas também mental. Sartorato revelou que, frequentemente, não conseguia se alimentar e hidratar como deveria durante as longas viagens aéreas. “Geralmente são voos de longa duração e lugares com fuso horário e clima completamente diferentes”, explicou. Para contornar essas adversidades, ele treinou cerca de 8 horas diariamente nos cinco anos que antecederam a volta ao mundo e optou por dormir em uma barraca de camping, uma solução prática, já que muitas vezes não tinha acesso a pousadas ou hotéis.

“Termino o dia no meio do nada, onde eu paro, quando escurece, eu pernoito. Às 5h da manhã começo uma nova jornada, todo dia, ininterruptamente”, contou, refletindo sobre a rotina extrema que enfrentou.

Histórico de desafios

Não é a primeira grande aventura de Sartorato. Em 2003, ele percorreu o Brasil do Oiapoque ao Chuí, totalizando 5.330 quilômetros em 61 dias, um esforço dedicado à divulgação do Movimento Amanhã sem Câncer. Em 2007, completou 10.300 quilômetros em apenas 116 dias, passando por 20 países. Sua mais recente façanha, em 2022, envolveu realizar oito ultramaratonas em uma semana, correndo uma média de 100 quilômetros por dia em esteira em sua casa em Cubatão.

Alexandre Sartorato é reconhecido como o único homem a completar uma volta ao mundo enquanto percorre uma ultramaratona por dia, comprovando que a superação e a perseverança podem levar a conquistas extraordinárias.

Com um espírito indomável e determinação, ele prossegue desbravando o mundo, provando ainda mais que limites existem apenas para serem desafiados.

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