Brasil, 18 de julho de 2025
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Trump e Kennedy Jr. discutem troca de açúcar na Coca-Cola nos EUA

Proposta de substituir o xarope de milho por açúcar de cana na Coca-Cola americana divide opiniões na indústria e entre consumidores

A possível mudança na fórmula da Coca-Cola nos Estados Unidos, para substituir o xarope de milho por açúcar de cana ou beterraba, tem gerado debates entre políticos, industriais e nutricionistas. A controvérsia começou após declarações de figuras públicas e especulações sobre uma alteração na composição da bebida.

Discussão sobre ingredientes na Coca-Cola

Atualmente, na receita vendida nos EUA, a Coca-Cola é adoçada com xarope de milho, considerado mais barato e amplamente utilizado na indústria alimentícia. Nos mercados do Brasil, México e Reino Unido, a fórmula já utiliza açúcar de cana ou de beterraba, o que gera expectativa de que a mudança possa ocorrer também na versão americana.

De acordo com o ex-presidente Donald Trump, ele teria conversado com a Coca-Cola sobre a possibilidade de usar açúcar de cana na fórmula do produto nos Estados Unidos. “Tenho conversado com a Coca-Cola sobre o uso de açúcar de cana de verdade na Coca, e eles concordaram em fazer isso”, afirmou Trump em uma rede social. A empresa, por sua vez, evitou confirmar a mudança, ressaltando apenas que “agradece o entusiasmo do presidente Trump” e que compartilhará “mais detalhes sobre novas ofertas inovadoras” em breve.

Reações da indústria e de especialistas

O presidente da Associação de Refinadores de Milho, John Bode, criticou a proposta, destacando que “substituir o xarope de milho por açúcar de cana custaria milhares de empregos na fabricação de alimentos nos EUA, reduziria a renda agrícola e aumentaria as importações de açúcar estrangeiro, sem beneficiar a saúde”.

Nutricionistas também apontam que a troca provavelmente terá pouco impacto na saúde pública, uma vez que “o problema não é o tipo de açúcar, mas a quantidade consumida”, disseram especialistas. Além disso, a mudança pode reacender uma disputa política entre os lobbies agrícolas do milho e do açúcar, com interesses políticos no Sul e no Centro-Oeste do país.

Impactos e perspectivas futuras

Se confirmada, a alteração na fórmula representaria a maior mudança na Coca-Cola no mercado americano desde a introdução da “New Coke” em 1985, marcado por grande polêmica na época. Trump, apesar de defender uma dieta com menos adoçantes artificiais, é conhecido por seu consumo regular de Diet Coke, refrigerante adoçado com aspartame.

O debate reflete também a preocupação de Kennedy Jr., que defende que o xarope de milho, além de óleos de sementes e corantes artificiais, é um dos principais responsáveis pela epidemia de obesidade infantil nos EUA. Para ele, as diretrizes alimentares do país devem passar por revisão em breve.

A expectativa é de que as discussões avancem e que a Coca-Cola anuncie detalhes oficiais sobre possíveis mudanças na receita nos próximos meses. A decisão pode influenciar o posicionamento das indústrias de alimentos e bebidas na União.

Para entender melhor a dinâmica entre os ingredientes e o mercado, confira o artigo completo aqui.

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