Brasil, 18 de julho de 2025
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Manifestação na 25 de Março repudia interferência de Trump no Brasil

Comerciários de São Paulo protestaram contra as críticas e ações do governo americano, reforçando a soberania brasileira

Nesta sexta-feira (18), comerciantes e trabalhadores na região da Rua 25 de Março, centro de São Paulo, realizaram uma manifestação contra a interferência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Brasil. O ato condenou as ações e as críticas norte-americanas após a inclusão do país em uma investigação comercial liderada pelos EUA.

Protesto contra a interferência dos EUA na economia brasileira

Organizado pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP), em parceria com a União Geral dos Trabalhadores (UGT), o protesto contou com faixas, cartazes e palavras de ordem como “Brasil acima da mentira!” e “Emprego sim, chantagem não!”. Os manifestantes também distribuíram cartazes com a imagem de Trump marcada pela palavra “mentiroso”, espalhados por estações de metrô como Anhangabaú e República.

A manifestação expressa o repúdio à tentativa de intervenção do governo americano na economia e na soberania brasileira. Segundo o sindicato, Trump ataca o Brasil ao incluir o país em um relatório do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), que invoca a Seção 301 da lei de 1974, autorizando tarifas sobre práticas consideradas injustas.

Ameaças às relações comerciais e à soberania nacional

O presidente do Sindicato dos Comerciários e da UGT, Ricardo Patah, afirmou que a postura de Trump representa um ataque direto à soberania e à economia brasileiras. “Sou descendente de libanês e cresci na 25 de Março. A história dessa região como polo de comércio popular nunca mudou. Mais de 5 mil trabalhadores não podem aceitar ser prejudicados por uma interferência externa que ameaçar nossos empregos e nossa democracia”, declarou.

Ele acrescentou que o governo americano anunciou uma tarifação de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto, em represália às ações comerciais do Brasil, além de pedir o encerramento de investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, relacionadas a tentativas de golpe após as eleições de 2022.

Sob ataque à integridade do Brasil

De acordo com o sindicato, Trump estaria atacando a soberania brasileira ao incluir o Brasil em um relatório do Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR). A medida invoca a Seção 301 da lei de 1974, que permite a imposição de tarifas por práticas comerciais injustas, dando origem à adoção de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Para Patah, essa postura é uma interferência inaceitável e prejudicial ao país. “Este é um ataque à nossa autonomia, à nossa economia e às nossas instituições. Os sindicatos não permitirão que o Brasil sofra consequências por chantagens externas”, afirmou.

Reação dos trabalhadores e apoio popular

Diversas categorias participaram do ato, incluindo representantes da CTB, Força Sindical, Sindicatos de construção civil, transportes, vigilantes e motoboys. Manifestantes expressaram apoio direto às portas das lojas, reforçando a luta contra o intervencionismo externo.

O sindicato destacou que nos últimos 15 anos, os Estados Unidos acumulam um superávit de 410 bilhões de dólares na balança comercial com o Brasil, indicando parceria e responsabilidade mútua. “O Brasil é um país soberano, democrático, com poderes constituídos. Nosso povo deve decidir seu futuro, não um líder estrangeiro”, reforçou Patah.

Manifestantes na rua 25 de março, São Paulo, protestam contra intervenção de Trump
Manifestação dos comerciários na 25 de março, reforçando a resistência à intervenção dos EUA. Rovena Rosa/Agência Brasil

O ato reforça o papel de resistência da sociedade brasileira frente a ações que ameaçam a soberania do país, fortalecendo a união contra intervenções externas e destacando a importância de manter a autonomia econômica e política.

Fonte: Agência Brasil

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