Nesta quinta-feira (17), o prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, do Podemos, fez um pronunciamento nas redes sociais após ter sua prisão revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em vídeo, Siqueira declarou que está disposto a “fazer justiça aos seus companheiros”, referindo-se ao impacto negativo que sua prisão, no âmbito da operação da Polícia Federal, trouxe a sua gestão.
O impacto da prisão e afastamento
Eduardo Siqueira foi preso no dia 27 de junho durante uma nova fase da Operação Sisamnes, que investiga o vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante o período em que esteve afastado do cargo, Siqueira viu seu secretariado ser drasticamente alterado, com a saída de pelo menos nove membros, enquanto o vice-prefeito, Carlos Velozo (Agir), nomeou os substitutos.
“Eu mal comecei, então as mangas estão arregaçadas para recuperar o tempo perdido. Eu não tenho tempo para amarras. Eu não tenho tempo para carregar ódio nesse coração. Eu só farei justiça aos meus companheiros que, humilhados, serão exaltados. Assim diz a palavra do Senhor”, afirmou o prefeito em sua declaração.
Retorno imediato à prefeitura
Durante seu pronunciamento, Siqueira anunciou seu retorno imediato às atividades da prefeitura e afirmou que uma edição extra do Diário Oficial do Município seria publicada ainda na manhã seguinte, com suas nomeações. “Neste momento, meus olhos, meu coração, meu trabalho estão voltados para Palmas. O povo de Palmas verá essa cidade retomar rapidamente o ritmo de obras”, prometeu.
Entenda a decisão judicial
A decisão do STF que revogou sua prisão foi tomada após a defesa de Siqueira argumentar que a investigação não estava diretamente relacionada ao seu cargo de prefeito. O ministro Cristiano Zanin considerou que o retorno às atividades governamentais era necessário para viabilizar o exercício da função pública. Contudo, o magistrado impôs cautelares, como a proibição de contato com outros investigados e a retenção de seu passaporte.
Questões de saúde durante a prisão
Antes de obter a prisão domiciliar, Siqueira sofreu um infarto enquanto se encontrava no Quartel do Comando Geral. Ele foi submetido a uma angioplastia de emergência e, devido ao seu estado de saúde, recebeu a autorização para cumprir prisão domiciliar. A decisão levou em conta o parecer médico que atestou sua necessidade de cuidados contínuos.
Investigações em andamento
A investigação em que Siqueira é um dos alvos se insere em um amplo inquérito que tramita no STF. A Operação Sisamnes aborda crimes como obstrução de justiça e corrupção, e envolve uma rede clandestina que facilitava o vazamento de informações sigilosas sobre investigações sensíveis. Além do prefeito, seu advogado e um policial civil também foram detidos na operação.
Com a revogação da prisão, Eduardo Siqueira se mostra determinado a retomar seus compromissos e criar um ambiente de trabalho que favoreça suas propostas, buscando restaurar a confiança da população em sua gestão. Palmense estão atentos aos desdobramentos desta história, enquanto o prefeito se prepara para relançar sua administração em meio a um cenário de incertezas e desafios.
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