A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) compartilhou detalhes da operação da Polícia Federal (PF) realizada na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Na sexta-feira, 18 de julho, a ex-ministra dos Direitos Humanos conversou com o portal Metrópoles e descreveu o clima tenso vivido no local, além do estado emocional de Michelle Bolsonaro durante a ação, que segundo ela, foi inadequadamente conduzida.
A operação e o estado emocional de Michelle Bolsonaro
De acordo com Damares, ela se dirigiu à casa de Bolsonaro logo após a condução do ex-presidente à sede da PF, onde ficou sob medidas judiciais, incluindo a instalação de uma tornozeleira eletrônica. A senadora relatou que foi ao local como amiga, visando dar apoio à ex-primeira-dama.
“Fiquei muito aflita ao saber do que estava acontecendo. Perguntei à Michelle se poderia ir até lá. Ela estava em casa apenas com a filha e me autorizou. Fui para abraçá-la e orar juntas. Oramos e, logo depois, a vice-governadora Celina Leão também chegou. Choramos e conversamos, mas a Michelle já estava mais tranquila, embora muito triste”, contou.
Casa não foi revirada, afirma Damares
Damares enfatizou que a residência não sofreu reviravoltas pela PF. “A casa estava em ordem, com a cozinha e sala arrumadas. Soube que encontraram dinheiro e fizeram a contagem, mas não havia aquela cena de destruição que muitas vezes se vê em buscas. O foco parecia ser apenas conduzir Bolsonaro para a PF”, observou Damares.
O momento da abordagem pelo órgão policial, no entanto, gerou críticas da senadora, que questionou a necessidade da presença de agentes armados e a forma como a situação foi tratada.
“Se o objetivo era apenas levá-lo para colocar a tornozeleira, por que todo esse espetáculo? Por que não conversar com o advogado ou intimá-lo a comparecer à delegacia? Era um homem de 70 anos e uma dona de casa de pijama em casa”, indagou.
Pedido de respeito à privacidade de Michelle Bolsonaro
Por fim, Damares destacou a importância de preservar a privacidade da ex-primeira-dama. Ela pediu que gravações ou imagens do momento não sejam divulgadas, afirmando que seu principal objetivo é proteger Michelle. “Minha preocupação é com o vazamento de imagens dela, que estava chorando e vestida de pijama. Espero que isso seja respeitado”, concluiu a senadora.
Com a operação da PF gerando uma grande repercussão, as reações e desdobramentos em relação a este evento continuarão a ser acompanhados de perto pela população e pela mídia. É evidente que a política brasileira ainda preserva sua capacidade de chocar e chamar a atenção da população, principalmente em tempos de polarização e acirramento de ânimos.
A situação ainda está em evolução, e os próximos passos serão cruciais para determinar o destino de Jair Bolsonaro e a repercussão na esfera política do país. Com o cenário atual em fervor, resta saber como essa história se desenrolará nos dias que seguem.