Após ouvir críticas das jogadoras participantes da Copa América feminina, a Conmebol fez uma alteração significativa no regulamento do torneio. A partir de agora, as jogadoras de linha poderão se aquecer no gramado durante 15 minutos antes do início das partidas, juntando-se às goleiras, que já tinham esse direito. A mudança representa um avanço importantíssimo na preparação das atletas, que enfrentavam desafios devido a condições inadequadas para o aquecimento.
A crítica das jogadoras e a resposta da Conmebol
A decisão da Conmebol surgiu em resposta a reclamações feitas por alguns dos principais nomes da seleção brasileira, incluindo a icônica Marta e a atacante Ary Borges, além do técnico Arthur Elias. Anteriormente, as atletas precisavam realizar seus aquecimentos em um espaço reduzido e fechado, o que limitava seriamente a eficácia da preparação.
Arthur Elias havia relatado na primeira rodada do torneio que, por causa desse espaço inadequado, teve dificuldades em avaliar a condição física da jogadora Kerolin para a partida, optando por não escalá-la como titular para preservar sua saúde. A situação evidenciava um problema que poderia comprometer o desempenho das jogadoras e sua segurança durante as partidas.
A repercussão e a situação das jogadoras
Na última quarta-feira, após a vitória do Brasil por 6 a 0 sobre a Bolívia, Marta expressou sua indignação com a situação. A jogadora, que havia retornado a competir na América do Sul após anos, destacou que as atletas têm o direito de exigir melhores condições de organização. Ela enfatizou: “Essa situação realmente atrapalha, não tinha espaço suficiente para as duas equipes, mas ambas queriam estar ali para se preparar”.
A pressão aumentou à medida que mais relatos sobre a inadequação das instalações de aquecimento surgiram. O técnico Elias destacou a preocupação com a saúde das jogadoras, relatando que a falta de espaço adequado pode causar lesões e comprometer a performance durante os jogos. “Essa é uma condição que tem que ser determinante pela saúde das jogadoras”, afirmou ele, ressaltando que a falta de aquecimento apropriado poderia levar a erros no início das partidas.
O impacto da nova medida
Com a nova diretriz, as jogadoras brasileiras terão a chance de melhorar sua preparação pré-game, embora ainda demorem alguns dias para usufruir dessa nova medida, já que nesta rodada a seleção está de folga. Na estreia, o Brasil venceu a Venezuela por 2 a 0, e, após uma performance impressionante contra a Bolívia, a equipe lidera o Grupo B da competição.
A próxima partida do Brasil será contra o Paraguai, agendada para terça-feira (22), às 21h. Posteriormente, a equipe enfrentará a Colômbia em um confronto que promete ser bastante equilibrado, no dia 25 de julho, também às 21h.
Comunicado oficial da Conmebol
Em comunicado oficial, a Conmebol anunciou: “A partir de agora, além das goleiras, que já tinham um período de aquecimento de 15 minutos em campo, as jogadoras de linha também poderão se aquecer em campo pelo mesmo período”. Esta mudança foi informada após uma avaliação completa das condições dos campos de jogo e do feedback recebido das equipes.
Esse ajuste nas operações pré-jogo reflete uma crescente preocupação com as condições das atletas e a promoção de um ambiente mais seguro e competitivo durante a Copa América feminina. As jogadoras esperam que esta mudança não seja apenas pontual, mas que signifique um compromisso contínuo da Conmebol em melhorar as condições para o futebol feminino na região.
Enquanto isso, o Brasil se prepara para seus próximos desafios, com a esperança de que essas melhorias tenham um impacto positivo no desempenho da equipe ao longo do torneio.