Brasil, 18 de julho de 2025
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Cláudio Castro busca apoio em Brasília para candidatura ao Senado

Governador do Rio conversou com líderes do PL após tensão provocada por Jair Bolsonaro em sua candidatura ao Senado.

Após dias de turbulência na direita do Rio de Janeiro, intensificadas pela intervenção do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Cláudio Castro (PL) viajou a Brasília em busca de apoio para sua candidatura ao Senado, que se encontra ameaçada. Durante sua visita, Castro se reuniu com importantes figuras do seu partido, incluindo o presidente Valdemar Costa Neto e o senador Flávio Bolsonaro, além de Antonio Rueda, chefe da futura federação formada por União Brasil e PP.

Crise na política carioca

A situação política do Rio de Janeiro se complicou após uma série de movimentos orquestrados por Bolsonaro, com o objetivo de fortalecimento das bases de sua ideologia no estado. A crise ganhou forma quando Rodrigo Bacellar (União), presidente da Assembleia Legislativa, exonerou o secretário estadual de Transportes, Washington Reis (MDB), enquanto exercia a função de governador em exercício. Essa ação gerou descontentamento não apenas entre aliados, como a família Bolsonaro, mas também prejudicou a imagem de Castro, que, segundo analistas, foi “queimado” politicamente devido ao apoio a Bacellar.

Conversa com os líderes do PL

Buscando reverter essa situação e garantir sua presença no cenário político, Castro foi alertado por Valdemar Costa Neto sobre a importância de sua posição dentro do PL. Costa Neto enfatizou que o partido precisaria da liderança de Castro para manter sua influência no estado, já que cerca de metade da bancada federal do PL no Rio é composta por políticos próximos a ele. Contudo, Castro também discutiu um plano alternativo com Rueda, preparando-se para uma possível necessidade de se afastar de Bolsonaro, visto que o ex-presidente é visto por muitos como uma figura imprevisível.

Alinhamento com Flávio Bolsonaro

Durante as conversas com Flávio Bolsonaro, Castro teve a oportunidade de esclarecer algumas arestas. A busca de Bolsonaro por um candidato à candidatura ao Senado, que não seria ele, integrava uma estratégia para reafirmar seu controle sobre a política fluminense. No entanto, como apontou o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, a preferência de Bolsonaro continua sendo por Castro e Flávio como seus representantes no Senado. Essa situação deixa claro que, apesar das tensões, a aliança ainda é considerada estratégica para ambos os lados.

Desafios e oportunidades

Enquanto a candidatura ao Senado se desenha como um desafio, a proposta de Bolsonaro de impeachment para ministros do STF parece estar mais atada a narrativas do que a ações concretas. Castro, que já enfrenta processos nas cortes superiores, é visto como um “amigo” dos tribunais, o que levanta dúvidas sobre sua adequação para promover uma agenda tão agressiva contra o Judiciário.

Contudo, o governador é considerado viável para a eleição, especialmente em um cenário onde não é necessário obter a maioria dos votos, apenas cerca de um quarto do eleitorado. As análises politicas sugerem que Castro poderia atrair o apoio de prefeitos e usar a máquina estadual em sua campanha. Entretanto, há conselhos para que ele considere uma candidatura mais segura para deputado, especialmente se um candidato forte, alinhado ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), emergir na disputa.

Perspectivas para o futuro

A concorrência nas eleições de 2024 é acirrada, com duas cadeiras em disputa no Senado. O PL, que busca alinhar seus interesses às bases do bolsonarismo, vê Castro como um potencial forte, mas a dependência contínua de dinâmicas e decisões de Bolsonaro pode gerar escolhas arriscadas. A situação política é especialmente complexa, exigindo que Castro não somente encontre caminhos para garantir sua sobrevivência política, mas também navegue por alianças e tensões que definem o futuro da direita no estado do Rio.

Com a corrida ao Senado se aquecendo, Cláudio Castro se vê em uma encruzilhada política, onde a construção de alianças e negociação com o ex-presidente podem determinar sua saída da crise atual e a possibilidade de triunfo nas eleições de 2024.

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