O dólar fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,5655 às 9h desta sexta-feira (18), refletindo as tensões entre Brasil e Estados Unidos após a decisão de Trump de aplicar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Os mercados monitoram as repercussões diplomáticas e econômicas desse conflito.
Lula reage à ameaça de Trump e avisa que tributará gigantes americanas de tecnologia
Em pronunciamento oficial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a medida de Trump como uma “chantagem inaceitável” e criticou a interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira. “Tentar influenciar o judiciário brasileiro é um grave ataque à nossa soberania”, afirmou Lula em cadeia de rádio e TV.
Mais cedo, em entrevista à CNN Internacional, Lula afirmou que não quer ser refém dos Estados Unidos e destacou a busca por liberdade no comércio internacional. “Não podemos deixar que Trump decida por nós. Ele foi eleito para governar os EUA, não para ser o imperador do mundo”, declarou o presidente brasileiro.
Resposta dos EUA e impacto no mercado
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, rebateu as declarações de Lula e afirmou que Trump “não tenta ser o imperador do mundo”. “Ele é um líder forte e contribui para mudanças globais por sua postura firme”, disse Leavitt.
O resultado dessa tensão é a instabilidade nos mercados financeiros, com impacto direto na cotação do dólar e no desempenho do Ibovespa. O índice recuou 0,58% na semana, acumulando uma variação de -2,37% no mês e 12,70% no ano. Já o dólar acumula perda de 10,24% em 2025, mas nesta sexta-feira apresentou alta momentânea, refletindo o clima de insegurança mundial.
Impactos econômicos e perspectivas futuras
Especialistas alertam que o aumento da volatilidade cambial pode afetar os preços de commodities, inflação e fluxo de investimentos no país. A situação exige atenção dos investidores e do governo brasileiro, que pode optar por medidas de contenção ou de estímulo, dependendo do desenrolar do conflito diplomático.
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