Brasil, 18 de julho de 2025
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Bolsonaro admite guardar dólares em casa e não declara dinheiro vivo

Ex-presidente fala sobre sua declaração de bens e aumenta patrimônio ao longo dos anos.

Em uma recente declaração, o ex-presidente Jair Bolsonaro revelou que sempre guardou dólares em casa, explicando que o dinheiro tem recibo do Banco do Brasil e que pretende declará-lo no próximo Imposto de Renda. A revelação foi feita nesta sexta-feira, logo após a colocação de uma tornozeleira eletrônica, uma medida que reforça a turbulenta trajetória política do ex-mandatário.

A evolução do patrimônio de Bolsonaro

Historicamente, Jair Bolsonaro viu seu patrimônio crescer de forma significativa ao longo dos anos, conforme revelam seus registros na Justiça Eleitoral. Em 2006, quando era filiado ao Partido Progressista e se candidatava à reeleição como deputado federal, Bolsonaro declarou à Justiça Eleitoral que possuía bens no valor de R$ 433 mil. Naquela época, sua declaração incluía imóveis, carros e investimentos em renda fixa.

Na eleição seguinte, em 2010, esse número saltou para R$ 826 mil, mantendo o foco em bens imobiliários em locais como Bento Ribeiro, Mambucaba e Brasília, sem registrar dinheiro vivo. Este padrão se manteve nas eleições seguintes, com o ex-capitão do Exército atingindo a marca de R$ 2 milhões em 2014.

O crescimento do patrimônio de Bolsonaro não parou por aí. Nas eleições de 2022, conforme os registros, ele declarou um patrimônio total de R$ 2.317.554,73. No entanto, a ausência de declarações de dinheiro em espécie ao longo de sua trajetória política é notável e levanta questionamentos.

Dinheiro vivo e a polêmica das declarações

A declaração do ex-presidente sobre guardar dólares em casa e sua decisão de não incluir dinheiro em espécie em suas declarações de bens chamam a atenção em meio à recentíssima situação legal que enfrenta. A falta de transparência em relação a um patrimônio que a princípio é composto apenas por bens imóveis e investimentos é uma questão que vem gerando debate entre especialistas e o público em geral.

Bolsonaro, ao afirmar que seus bens também incluem dinheiro em espécie, faz um movimento que poderá impactar sua imagem, já que a legislação brasileira exige a apuração detalhada dos bens apresentados e suas origens. A revelação sobre os dólares guardados em casa e o recibo do Banco do Brasil sugere que, mesmo nos momentos de adversidade, ele busca maneiras de justificar sua riqueza acumulada.

Repercussão nas redes sociais e na mídia

A declaração de Bolsonaro rapidamente gerou reações nas redes sociais e na mídia. Internautas e analistas políticos expressaram dúvidas sobre a forma como o dinheiro guardado é gerido e a ausência de declarações anteriores em espécie. Enquanto alguns usuários elogiaram a transparência do ex-presidente, outros questionaram a legitimidade de sua fortuna e suas estratégias financeiras.

De acordo com analistas, a situação de Bolsonaro pode trazer novos desdobramentos em sua trajetória política, uma vez que a falta de clareza em seus registros financeiros e declarações pode ser explorada por adversários em futuras campanhas ou investigações. Além disso, a situação levanta questões sobre as práticas de declaração de bens por figuras públicas no Brasil, um tema recorrente em anos eleitorais.

Conclusão

A revelação de Jair Bolsonaro sobre guardar dólares em casa é uma parte de uma narrativa muito mais ampla em seu contexto político e social. A trajetória dele, marcada por um crescimento patrimonial substancial, levanta questões sobre a transparência e a ética nas declarações de bens, especialmente em um momento em que sua figura continua a ser debatida de forma intensa na sociedade brasileira. O desdobramento desse tema promete ser acompanhado de perto, especialmente conforme novas informações forem emergindo.

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