Brasil, 17 de julho de 2025
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Uso de companheiros de IA por adolescentes nos EUA aumenta e gera preocupação

Quase três em cada quatro adolescentes americanos já interagiram com companheiros de inteligência artificial, reforçando os riscos para a saúde mental juvenil.

Um estudo recente da ONG Common Sense Media revelou que 72% dos adolescentes nos Estados Unidos já usaram companheiros de IA pelo menos uma vez, e mais da metade acessa essas plataformas várias vezes ao mês. A pesquisa aponta para uma crescente adoção dessas ferramentas, que oferecem conversas pessoais com assistentes virtuais orientados por inteligência artificial.

Companheiros de IA: amigos ou riscos?

A associação define companheiros de IA como “amigos ou personagens digitais com quem é possível conversar a qualquer momento”, utilizados para manter “conversas pessoais e significativas”. Essas plataformas, como Character.AI e Replika, oferecem interações que vão desde apoio emocional até contatos românticos.

Segundo o estudo, os adolescentes usam esses assistentes para praticar conversas, buscar suporte emocional ou manter contatos sociais. Um terço deles admite utilizar essas plataformas para interações sociais, enquanto quase metade considera esses assistentes “ferramentas” ou “programas de computador”.

Chatbots também entram na atenção dos jovens

O questionário aplicado a adolescentes de 13 a 17 anos ressaltou que plataformas de IA generativa, como ChatGPT e Claude, também são usadas para esse fim, embora seja destacado que não se trata de ferramentas para tarefas escolares ou geração de imagens. A prática de utilizar chats de IA para manter relações sociais é vista como uma tendência crescente.

Impacto na saúde mental dos jovens

A Common Sense Media demonstra preocupação com os efeitos do uso constante dessas inteligências artificiais, especialmente como possíveis confidentes ou terapeutas virtuais. A organização cita casos graves, como o suicídio de um adolescente de 14 anos que desenvolveu vínculo afetivo com um companheiro de IA.

Especialistas apontam que a capacidade dessas ferramentas de concordar com os usuários, em vez de incentivá-los a refletir, é particularmente perigosa para cérebros adolescentes em desenvolvimento. Diversas plataformas podem gerar respostas que envolvem conteúdo sexual, estereótipos ofensivos ou conselhos perigosos, o que pode acarretar consequências graves ou fatais.

Preocupações e recomendações

Por isso, a ONG recomenda que menores de idade não tenham acesso a essas plataformas de companheiros de IA. A tendência de concordância automática das inteligências artificiais aumenta o risco de manipulação e dependência emocional por parte dos jovens usuários.

Com a ampliação do uso de assistentes virtuais, cresce a necessidade de discutir políticas de proteção e orientar pais, educadores e adolescentes sobre os possíveis perigos das interações com IA. A preocupação é que esses assistentes possam afetar significativamente o desenvolvimento emocional e social dos jovens.

Mais detalhes sobre o estudo e tendências do uso de IA entre adolescentes podem ser conferidos na matéria completa no link da Globo News.

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