Brasil, 17 de julho de 2025
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Suspeito de feminicídio de enfermeira tem prisão preventiva decretada

Clarissa Costa Gomes foi morta com 34 facadas pelo ex-companheiro, Matheus Queiroz, que não aceitou o término do relacionamento.

No dia 9 de julho, o trágico caso do feminicídio da enfermeira Clarissa Costa Gomes, de 31 anos, foi amplamente noticiado, destacando a brutalidade do crime e a dolorosa mensagem de “SOS” enviada pela vítima para uma amiga momentos antes de sua morte. A autoria do crime, que chocou a sociedade, foi atribuída a Matheus Anthony Lima Martins Queiroz, de 26 anos, com quem Clarissa teve um relacionamento desde outubro de 2023 e que já estava se deteriorando. A prisão preventiva de Matheus foi decretada pelo juiz após o Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciar formalmente o ato de violência de gênero.

O crime e suas circunstâncias

Clarissa foi assassinada em sua residência no Bairro Jardim Cearense, em Fortaleza, onde estava sozinha com Matheus no momento do crime. Testemunhas relataram que a enfermeira tentava terminar o relacionamento, uma atitude que claramente não foi bem recebida pelo ex-namorado. De acordo com as investigações, Matheus agrediu Clarissa fisicamente antes de pegar uma faca e desferir 34 golpes contra ela, um ato que o MPCE classificou como feminicídio qualificado devido à crueldade e motivo torpe.

Na tarde do crime, Clarissa havia participado de uma reunião online de trabalho e, ao fim, enviou uma mensagem à amiga, que inicialmente interpretou como um problema técnico relacionado à reunião. Apenas algumas horas depois, vizinhos relataram ter ouvido gritos de socorro, mas não conseguiram identificar a origem dos apelos. O silêncio se transformou em pânico quando o irmão de Matheus, que trouxe a chave para entrar na casa, encontrou a enfermeira sem vida. O Samu confirmou o óbito no local.

Solicitações do Ministério Público e relato das testemunhas

O MPCE não só denunciou Matheus, mas também pediu que ele fosse levado a júri popular, solicitando uma pena maior devido às circunstâncias do crime. A denúncia aponta que o réu não aceitou o final do relacionamento e, em um momento de desespero e raiva, cometeu um ato de violência extrema contra quem mais amava.

Em depoimentos à polícia, Matheus deu versões contraditórias sobre o dia da agressão, o que aumenta a suspeita contra ele. Inicialmente, alegou não ter encontrado Clarissa, mas depois disse não se lembrar do que ocorreu, um comportamento que muitos interpretam como uma tentativa de se esquivar de responsabilidade.

Clarissa: uma vida interrompida

Formada em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Clarissa era uma profissional dedicada, atuando em hospitais renomados de Fortaleza. Conhecida por sua empatia e gentileza, amigos e colegas de trabalho se mostraram chocados com a tragédia. De acordo com relatos, ela tinha planos de expandir sua carreira e estava prestes a iniciar novos desafios em instituições de saúde respeitadas da capital cearense.

Clarissa não apenas se destacou em sua vida profissional, mas também enfrentou desafios em seu relacionamento. Amigos revelaram que, apesar de suas tentativas de manter a relação, estavam percebendo sinais de desgaste, principalmente em relação ao comportamento controlador de Matheus. Ela havia confidenciado a amigas suas preocupações sobre a relação, o que aumentou a dor de sua perda.

Reflexões sobre o feminicídio e a luta contra a violência de gênero

O caso de Clarissa Costa Gomes trouxe de volta à tona a discussão sobre a violência contra a mulher e a necessidade urgente de uma resposta eficaz das autoridades e da sociedade civil. Muitas mulheres, como Clarissa, enfrentam situações de violência, muitas vezes sem ter a quem recorrer. O apoio de amigos e familiares é essencial, assim como uma compreensão ampla sobre os sinais de abusos emocionais e físicos que podem levar a tragédias inomináveis.

A mensagem de “SOS” que Clarissa enviou foi um grito de ajuda que reflete a necessidade de que as vítimas sejam ouvidas e apoiadas. As comunidades e as instituições precisam estar atentas aos sinais de abuso e agir rapidamente para proteger as vidas das mulheres ameaçadas. A luta contra o feminicídio e a violência de gênero deve ser uma prioridade, e o caso de Clarissa é um lembrete penoso de que a dor causada pela violência doméstica é uma triste realidade que muitas mulheres enfrentam.

Que a história de Clarissa sirva de motivação para todos nós, numa busca por um mundo onde as mulheres possam viver sem medo e em segurança.

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