Brasil, 17 de julho de 2025
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Senador Tim Kaine denuncia cortes em auxílio a organizações religiosas nos EUA

Senador Kaine critica Lei de Rescisões de 2025, que ameaça financiamento de grupos religiosos envolvidos na ajuda a refugiados

O senador democrata Tim Kaine, de Virgínia, discursou no Senado em 16 de julho contra cortes de 9,4 bilhões de dólares em fundos federais previstos na Lei de Rescisões de 2025. A proposta, apoiada pelo presidente Donald Trump e republicanos, reduz drasticamente recursos destinados a organizações religiosas que atuam na reforma de refugiados e ajuda humanitária internacional.

Impacto dos cortes às organizações de fé

Entre os prejuízos está o risco de desmantelamento de fundos para grupos como a Catholic Relief Services (CRS) e a World Vision, as duas maiores entidades religiosas que atuam na acolhida de imigrantes legais nos Estados Unidos. Segundo a legislação, parte do corte de 800 milhões de dólares afeta diretamente essas organizações, responsáveis por programas de integração de refugiados, como famílias congolesas e aliados afegãos.

Reação contrária ao projeto de lei

Kaine, que é católico e integra a Comissão de Relações Exteriores do Senado, afirmou que os cortes representam “um ataque às organizações religiosas que sentem o chamado de sua fé para ajudar os necessitados”. Ele tentou, sem sucesso, na votação do dia 16, que o projeto fosse devolvido à Comissão de Apropriações para manter o financiamento dessas entidades. A proposta foi rejeitada por 48 votos contra 51.

O senador destacou que várias organizações já tiveram que demitir funcionários, incluindo a Catholic Charities, Lutheran Social Services e a Hebrew Immigrant Aid Society, além do encerramento do programa de acolhimento da Igreja Episcopal. Kaine alertou ainda que a redução de recursos prejudica a proteção a cristãos perseguidos ao redor do mundo, enfatizando a importância de ações humanitárias preservadas pela fé.

Desafios pessoais e comunitários

Ao citar sua experiência na paróquia de Santa Elizabeth de Hungria, em Richmond, Virginia, Kaine afirmou que a comunidade local se transformou ao longo dos anos, recebendo refugiados congolês apoiados pelo CRS. “Minha igreja hoje é diferente, mas no fundo continua sendo um refúgio para imigrantes legais que buscam acolhimento, amor e segurança”, declarou.

Ele também expressou preocupação com o bem-estar de famílias refugiadas, muitas ainda em campos de refugiados, que temem pelo futuro devido às possibilidades de corte de fundos públicos. “Esses familiares vêm até mim apavorados após as missas, perguntando o que essas mudanças significam para eles”, relatou.

Perspectivas futuras do projeto de lei

Na mesma sessão, o Senado aprovou uma versão do projeto com uma emenda que mantém 400 milhões de dólares para o Plano de Emergência contra AIDS, além de proteger alguns financiamentos específicos de países. Agora, o projeto volta para a Câmara dos Deputados, que precisa aprová-lo até a meia-noite de 18 de julho. Caso contrário, a Casa Branca deverá liberar os 9 bilhões de dólares originalmente previstos, incluindo os cortes de ajuda internacional apoiados por setores políticos.

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