Brasil, 17 de julho de 2025
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Piauí registra aumento de armas em 4 anos entre CACs

Mais de 4,6 mil armas estão registradas no Piauí por caçadores e colecionadores, com aumento expressivo nos últimos quatro anos.

No Piauí, o número de armas registradas por caçadores, colecionadores e atiradores (CACs) ultrapassou a marca de 4,6 mil. Esse crescimento significativo, revelado por um painel estatístico da Polícia Federal (PF), destaca o aumento quase 11 vezes nos registros de armas nos últimos quatro anos. A PF, que assumiu a responsabilidade pela fiscalização desses registros em julho de 2023, lançou dados que ajudam a entender o contexto desse fenômeno no estado.

Crescimento exponencial no número de registros

De acordo com as informações divulgadas, o Piauí atualmente possui 4.061 certificados de registro de CACs, dos quais mais de 98% referem-se ao uso das armas para práticas esportivas. Conforme o levantamento, as categorias das armas registradas se desdobram em:

  • Total de armas de fogo registrados: 4.634
  • Uso desportivo: 4.580
  • Colecionador: 43
  • Caçador: 11

Esses dados têm origem em uma base anteriormente mantida pelo Exército Brasileiro, sendo que a responsabilidade pela fiscalização dos CACs foi transferida pela decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a formalização ocorreu através do Decreto das Armas. Este decreto é considerado um marco importante nas políticas de controle de armamento no Brasil.

Implicações da mudança regulatória

O aumento no registro de armas por CACs no Piauí é parte de uma tendência observada em todo o Brasil. Entre 2018 e 2022, os registros anuais passaram de 130 para 1.422, o que representa um salto impressionante de quase 11 vezes. No entanto, após a promulgação do Decreto das Armas em 2023, observou-se uma queda dramática na quantidade de novos registros, com uma retração de 80% apenas em 2024, totalizando 271 novos registros no estado.

Essa diminuição contrasta com os altos números alcançados nos anos anteriores, revelando um cenário de incertezas. A seguir, apresentamos a lista dos registros emitidos por ano no Piauí:

  • 2018: 130
  • 2019: 285
  • 2020: 456
  • 2021: 1.201
  • 2022: 1.422
  • 2024: 271
  • 2025 (até julho): 97

A responsabilidade pela fiscalização

A decisão de transferir a fiscalização dos CACs da controladoria do Exército Brasileiro para a Polícia Federal busca, na teoria, proporcionar uma gestão mais eficaz e alinhada com as novas diretrizes de segurança públicas. A mudança cria um ambiente onde a regulamentação pode ser mais bem utilizada para monitorar o uso de armas, promovendo assim a segurança no estado.

Por outro lado, essa medida também levanta discussões sobre a eficácia das políticas atuais de armamento e a necessidade de um debate mais amplo sobre os efeitos da posse de armas na sociedade brasileira. Especialistas alertam que um controle mais rígido deve ser implementado, acompanhado de programas de conscientização e treinamento para os CACs. O desafio é conciliar o direito à posse de armas com a necessidade de segurança pública.

Considerações finais

O crescimento no registro de armas no Piauí é um fenômeno que exige olhar profundo e crítico das autoridades e da sociedade em geral. Com o cenário ainda em desenvolvimento, é fundamental que a fiscalização se mantenha atenta às mudanças nas necessidades e práticas dos CACs, garantindo que a regulamentação não apenas controle, mas também eduque e previna o uso indevido das armas.

Enquanto novos desafios surgem na gestão de armamentos, o Piauí apresenta-se como um microcosmo dos debates que permeiam todo o Brasil, fazendo com que essa discussão se torne cada vez mais relevante para a segurança pública e a vida dos cidadãos.

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