Uma recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira (17/7), revelou que 62% dos entrevistados acreditam que Jair Bolsonaro (PL) deveria renunciar à sua candidatura à Presidência da República em 2026 e apoiar outro candidato do campo da direita. Esta pesquisa indica um leve recuo em relação ao levantamento anterior, onde 65% apoiavam essa ideia.
Os dados da pesquisa
O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 14 de julho e ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, através de entrevistas presenciais em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.
Os dados mostram que a porcentagem de brasileiros que prefere que Bolsonaro continue em sua candidatura, mesmo sendo inelegível, subiu de 26% para 28%. Além disso, os que não souberam ou não quiseram responder aumentaram de 9% para 10%. Nesse contexto, o ex-presidente permanece sendo uma figura importante na política brasileira, apesar das controvérsias que o cercam.
Possíveis sucessores da direita
Com a inelegibilidade de Bolsonaro, a questão que surge é: quem deverá ser o candidato do campo conservador em 2026, caso o ex-presidente não possa concorrer? Quando perguntados, 15% dos entrevistados citaram o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como favorito, embora esse número tenha diminuído em comparação aos 17% registrados na pesquisa anterior, em maio passado.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar, com 13%, também em queda em relação ao levantamento anterior, que registrou 16%. Outro nome que foi mencionado foi o do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), cuja porcentagem caiu de 11% para 9%.
No entanto, dois nomes emergiram na corrida pelo apoio conservador: Eduardo Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, que subiu de 4% para 8%, e Pablo Marçal (PRTB), que teve um crescimento semelhante, de 7% para também 8%. Outros candidatos, como Eduardo Leite (PSD), mantiveram seus 4%, enquanto Romeu Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União) têm 3% cada, ambas com variações negativas. Notavelmente, a rejeição geral a todos os candidatos apresentados cresceu de 16% para 19%.
Rejeição a Lula e Bolsonaro
A pesquisa também abordou a possibilidade da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para 58% dos entrevistados, Lula não deve tentar um novo mandato em 2026, embora esse número tenha diminuído em relação ao levantamento anterior, quando a porcentagem era de 66%. A aceitação da reeleição do petista subiu de 32% para 38% entre as duas pesquisas, e o principal motivo para a rejeição à sua continuidade no cargo é o medo de sua reeleição, citado por 41% dos entrevistados.
Por outro lado, o temor pela volta de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto é apontado por 44% dos respondentes, enquanto 7% mencionaram temer tanto a reeleição de Lula quanto a possível volta de Bolsonaro.
Esses dados revelam não apenas as crenças e sentimentos da população em relação à política atual, mas também a complexidade da sucessão presidencial e as preferências eleitorais nas eleições que se aproximam.
Essa pesquisa reflete as mudanças na percepção pública e a luta interna da direita brasileira por novos líderes, à medida que a figura de Bolsonaro continua a gerar debate e controvérsia entre os eleitores.