O 20º Congresso Nacional da CISL (Confederação Italiana de Sindicatos de Trabalhadores), que começou na última quinta-feira em Roma, trouxe à tona reflexões profundas sobre a necessidade de uma ordem social mais justa e humana. A mensagem do Papa Leão XIV, enviada pelo secretário de Estado Vaticano, cardeal Pietro Parolin, reforçou o compromisso da Igreja com a promoção de relações sociais que priorizem o desenvolvimento humano integral.
A coragem da participação
O tema do congresso, “A coragem da participação”, ressoa com as palavras do Papa, que enfatizou a importância de construir sociedades pacíficas e justas. Ele destacou que este Congresso é uma etapa significativa na ação da CISL, e expressou o desejo de que as discussões sobrecontribuam para a conscientização das responsabilidades sociais. Em suas palavras, Leão XIV fez um apelo à colaboração em busca da “tranquilidade da ordem”, um conceito inspirado na filosofia de Santo Agostinho, que enfatiza a importância da ordem social para o bem-estar coletivo.
O Papa estendeu seu “pensamento cordial” a todos os participantes do evento, incluindo organizadores e palestrantes, reafirmando que a união em torno de um objetivo comum é essencial para o progresso social. Essa mensagem evidencia a intenção da Igreja Católica de atuar como um agente de transformação social, promovendo um diálogo integrado entre os diversos segmentos da sociedade.
Mensagem do presidente Mattarella
Além da mensagem papal, o congresso também recebeu uma valiosa contribuição do presidente da República Italiana, Sergio Mattarella. Em sua declaração, ele reafirmou a importância da participação dos trabalhadores para a liberdade e a democracia, tanto na Itália quanto na Europa. Mattarella elogiou a escolha do lema do congresso, “A coragem da participação”, e considerou essa decisão um “sinal positivo” para o debate social e político.
A reflexão de Mattarella sobre o histórico papel dos sindicatos, como a CISL, no fortalecimento do modelo social europeu e na defesa dos direitos dos trabalhadores, sublinha a relevância da atuação sindical numa época em que os desafios sociais estão em constante evolução. O presidente destacou que a efetivação do direito ao trabalho e a remuneração justa são pilares fundamentais para garantir uma existência digna e livre, servindo assim como motores de progresso e civilização.
O cenário atual e a necessidade de mudança
O mundo está passando por mudanças profundas, e os desafios sociais e econômicos exigem uma resposta coletiva e articulada. O convite do Papa Leão XIV para construir uma ordem social mais humana encontra eco nas preocupações de muitos trabalhadores que buscam melhores condições de vida e segurança em um cenário instável. A participação ativa na sociedade civil, através de congressos como o da CISL, é fundamental para encontrar soluções viáveis e práticas que possam beneficiar a todos.
À medida que o debate avança, é imprescindível que todos os envolvidos — trabalhadores, empresários, governo e sociedade civil — reconheçam suas responsabilidades e atuem em conjunto. Esse esforço pode contribuir para a criação de um ambiente mais justo, onde os direitos humanos e a dignidade possam ser respeitados e promovidos. O evento da CISL não só fortalece a voz dos trabalhadores, mas também cria um espaço para que ideias inovadoras e soluções concretas sejam discutidas e implementadas.
Em meio a negociações e trocas de experiências, o 20º Congresso da CISL serve como um lembrete poderoso da importância da solidariedade e do compromisso coletivo. Somente juntos pode-se aspirar a um futuro onde a paz, a justiça e a dignidade são garantidas para todos.
Com as mensagens do Papa e do presidente Mattarella, fica claro que a transição para uma sociedade mais equitativa e humana é um objetivo compartilhado. O palco está montado para que a coragem da participação produza frutos visíveis e duradouros.
O 20º Congresso da CISL, portanto, não é apenas uma reunião sindical, mas sim uma plataforma vital para a mudança social e a construção de um futuro melhor para todos. O momento é agora, e a participação é o caminho para transformar as aspirações em realidade.
