Brasil, 17 de julho de 2025
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Novas avaliações sobre ataques dos EUA revelam danos em sites nucleares do Irã

Uma nova análise revela que os ataques a sites nucleares do Irã causaram danos, mas nem todos os locais foram completamente destruídos.

Recentemente, uma avaliação dos Estados Unidos sobre os ataques a instalações nucleares no Irã indicou que, embora um dos três sites tenha sido maioritariamente destruído, os outros dois sofreram danos menores e poderão retomar as atividades de enriquecimento nuclear nos próximos meses, caso o Irã assim decida. Esta análise é parte dos esforços contínuos da administração Trump para entender o status do programa nuclear iraniano após os ataques, conforme relatado por cinco ex e atuais oficiais dos EUA à NBC News.

A avaliação e suas implicações

A avaliação foi apresentada a alguns legisladores, funcionários do Departamento de Defesa e países aliados nos últimos dias. Segundo fontes, o Comando Central dos EUA desenvolveu um plano muito mais abrangente que previa ataques a três locais adicionais, numa operação que se estenderia por várias semanas. No entanto, o presidente Donald Trump recusou esse plano, preferindo um enfoque que buscava retirar os EUA de conflitos no exterior.

Após os ataques, Trump descreveu as ações como “um sucesso militar espetacular” e afirmou que “as principais instalações de enriquecimento do Irã foram completamente obliteradas”. No entanto, a realidade observada até então através da inteligência dos EUA parece ser mais nuance. Caso as primeiras avaliações de danos se confirmem com futuras informações, os EUA poderão se ver de volta a um conflito com o Irã.

Dentro dos governos americano e israelense, já há discussões sobre a necessidade de novos ataques nas duas instalações menos danificadas, caso o Irã não concorde em reiniciar as negociações sobre um acordo nuclear com a administração Trump, ou se houver indícios de que esteja tentando reerguer as operações nesses locais.

Destruição e dissuasão

Os ataques dos EUA visaram três sites de enriquecimento no Irã: Fordo, Natanz e Isfahan. De acordo com os oficiais, o ataque a Fordo, considerado um componente crítico das ambições nucleares do Irã, atrasou as capacidades de enriquecimento iranianas naquele local em até dois anos. O foco da comunicação pública da administração tem sido amplamente voltado para Fordo, enquanto o impacto das operações em Natanz e Isfahan não recebeu a mesma ênfase.

Apesar dos desafios, oficiais dos EUA sabiam antes dos ataques que certas estruturas em Natanz e Isfahan poderiam estar além do alcance das bombas GBU-57, que foram projetadas para atingir instalações subterrâneas. Relatos indicam que, desde 2023, havia indícios de que o Irã estava escavando túneis em Natanz, que estariam além do alcance dessas bombas.

Os planos ‘radicais’

Durante a administração Biden, o General Erik Kurilla, chefe do Comando Central dos EUA, desenvolveu um plano para ir “com tudo” em ataques ao Irã, visando realmente “dizimar” suas capacidades nucleares. Essa opção considerava atingir seis locais que requeriam ataques repetidos para evitar que o programa nuclear fosse completamente interrompido. O plano, que também incluiria a destruição das capacidades de defesa aérea e de mísseis balísticos do Irã, acabaria por gerar um elevado número de vítimas iranianas.

A rejeição do plano “total” por Trump se deu devido à sua natureza prolongada e ao alto custo humano potencial, refletindo suas intenções de evitar o envolvimento em conflitos duradouros.

Um histórico tenso

Desde sua primeira administração, Trump retirou os EUA de um acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irã e várias potências mundiais, o qual impunha limites rigorosos ao programa nuclear iraniano em troca da redução de sanções econômicas. Após a retirada dos EUA, o Irã começou a desrespeitar as restrições sobre o enriquecimento de urânio.

Os oficiais acreditam que, antes dos ataques de junho, o regime iraniano dispunha de material fissil suficiente para construir de nove a dez bombas nucleares. Trump tem buscado um novo acordo que impeça o Irã de desenvolver armas nucleares, mas as negociações indiretas realizadas anteriormente falharam em levar a um acordo antes dos ataques.

Em meio a esse cenário, a negativa do Irã em criar armas nucleares foi reiterada pelo seu ministro das Relações Exteriores em uma entrevista recente.

O futuro permanece incerto, e a comunidade internacional ainda observa atentamente a situação no Oriente Médio, especialmente em relação ao contexto nuclear do Irã.

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